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Geração Solidária

Projeto GerAção Solidária: mulheres e jovens protagonistas de uma economia solidária

Projeto traz a Feira de Economia Solidária todas as quartas-feiras para o Campus

Publicada em 09/09/2019 Atualizada há 1 ano

A feira busca fomentar a capacitação de empreendimentos econômicos solidários de mulheres e jovens de baixa renda / Foto: arquivo pessoal.

Todas os dias de quarta, a Feira de Economia Solidária é montada no pátio do Campus Mossoró, trazendo empreendimentos de alimentação, agricultura, artesanato e confecção produzidos por mulheres e jovens do oeste potiguar. A iniciativa é fruto do Projeto GerAção Solidária que tem como objetivo garantir a participação e o protagonismo de mulheres e jovens na sociedade, na política e na economia.

Frequentemente são realizadas reuniões no IFRN/Mossoró para divulgar, prestar contas à comunidade e reforçar a importância de se manter a feira e o projeto em andamento. O último encontro aconteceu na sexta-feira (30) e contou com a presença de mulheres e jovens assessorados pelo GerAção Solidária, professores (as) e estudantes, instituições colaboradoras da sociedade civil organizada como o Centro Feminista 8 de março e Rede Xique-Xique, representantes do governo estadual e universidades parceiras – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) através do curso de Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc); Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Importância da Feira de Economia Solidária e do Projeto GerAção Solidária

Segundo o professor Giordano Gubert Viola, esta é uma proposta fundamental para que os estudantes e a população em geral tenham acesso a conhecimentos diversos sobre economia solidária e agroecologia. Os princípios de autogestão, preço justo, cooperativismo, geração de renda para pessoas excluídas, visão multidimensional voltada a transformação social, vida agroecológica e o cuidado com o ambiente e com os seres humanos.

“É necessário conversar com estudantes e mostrar-lhes que estas visões de mundo existem e que são possibilidades reais, pois ocorrem em diferentes locais do mundo, inclusive perto deles. Sendo assim, nos parece muito importante que estudantes e a comunidade em geral tenham acesso a uma visão contra hegemônica”, diz Giordano.

Entenda o que é Economia Solidária

A Economia Solidária pode ser definida como um conjunto de ações e conhecimentos contra hegemônicos, que envolvem a autogestão, sendo os empreendimentos gerenciados por uma administração cooperativa entre várias pessoas. A mudança no modo de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, são organizados de forma a valorizar o ser humano e suas relações, o ambiente e a vida e não o capital. A economia solidaria é caracterizada pela igualdade entre os/as associados/as e vem sendo uma oportunidade para manter as populações no campo e na cidade. Jovens e mulheres são grupos de pessoas que tem na economia solidária uma oportunidade de expressão artística, cultural e fortalecimento econômico.

A economia solidária é um caminho inovador para a geração de trabalho e renda e na inclusão social.  A rede funciona como uma corrente que integra quem produz, quem comercializa, quem troca e quem busca. Seus princípios são autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário.

O GerAção Solidária

O projeto Geração Solidária tem o objetivo de fomentar a capacitação de empreendimentos econômicos solidários de mulheres e jovens de baixa renda.

Os recursos da iniciativa vêm do Ministério do Trabalho, através da Subsecretaria de Economia Solidária (Senaes). Ele foi feito a partir de um Termo de Execução Descentralizada (TED) entre o IFRN e o Ministério do Trabalho (MT). O edital nº 05/16, publicado pelo MT contemplou a ação. O Termo foi assinado em maio de 2016, mas a iniciativa só começou a ser executada em outubro daquele ano.

O alcance do projeto chegou a 80 empreendimentos econômicos solidários (EES), com cerca de 1.250 empreendedores beneficiados. Para atender esse público, foram criados três núcleos de apoio, dois em Natal - Campus Natal Central e Campus Natal Zona Norte - e um no Campus Mossoró, além de uma grande rede de apoiadores da sociedade civil.

 

Por Greyce Kelly