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IFRN firma convênio com institutos politécnicos de Portugal

Os acordos vão facilitar a pesquisa e o intercâmbio de alunos e professores

Publicada em 15/10/2012 Atualizada há 1 ano

O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), Belchior de Oliveira Rocha, assinou, no início deste mês, acordos de cooperação mútua com quatro Institutos Politécnicos de Portugal: Coimbra, Viseu, Bragança e Guarda.

As parcerias têm o objetivo de facilitar a colaboração recíproca entre os institutos nas pesquisas, intercâmbios acadêmicos e culturais de professores e alunos.

Os acordos foram assinados durante a visita do reitor do IFRN a Portugal, onde também participou do 2ª Conferência da Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas(UASnet),  que aconteceu no período de 28 de setembro a 4 de outubro. Na oportunidade, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) juntou-se a representantes de 18 países para discutir sobre formatação dos Institutos Federais (IFs) e dos Institutos Politécnicos, sobre educação profissional no mundo e a inserção de alunos brasileiros nas universidades europeias pelo Programa Ciência Sem Fronteiras.

 

Quais os principais resultados da missão em Portugal?

Sem dúvida, a assinatura dos acordos de cooperação mútua. Ficou definido que a partir do 2013 vão ser ofertadas para alunos dos IFs 1.500 bolsas de estudos em universidades portuguesas para Graduação Sanduíche, por meio do Programa Ciência sem Fronteiras. O Instituto Federal do  Rio Grande do Norte terá uma parcela dessas vagas. O  IFRN firmou  outros convênios com o intuito de facilitar a pesquisa conjunta entre professores de Portugal e do Brasil e aumentar o intercâmbio de alunos e professores. Outro ponto que também foi muito importante foi a assinatura do protocolo de intenção de validação mútua de títulos  e graduações pelo Conif e Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). O Brasil passaria a reconhecer os títulos recebidos em Portugal e vice-versa, desde que os cursos sejam regulamentados pelo Ministério da Educação de ambos os países. Mas esse protocolo de entendimento ainda vai passar por discussão dentro dos ministérios da educação brasileiro e português.

Como surgiu a ideia de firmar parcerias com os institutos politécnicos de Portugal?

O IFRN já tinha um convênio com  o Instituto Politécnico da Guarda. Há cerca de 10 anos, fizemos intercâmbio de alunos e professores entre os institutos. Desta vez, renovamos o acordo e ampliamos para os Institutos Politécnicos de Viseu, Bragança e Coimbra.

Por que aquele país foi escolhido?

Pela facilidade da língua. No caso do Programa Ciência Sem Fronteiras, muitos dos nossos alunos têm dificuldade de concorrer a uma bolsa num país que fale outro idioma. Em Portugal, não é exigido proficiência porque a língua é a mesma, e as instituições são de qualidade.

Que benefícios os acordos trazem à comunidade acadêmica e à sociedade?

São benefícios diversos. Primeiro, a vivência do nosso aluno conhecendo um  novo fazer educacional, participando de projetos de pesquisa.  A  troca de  ideias e a abertura de espaço no exterior, ampliando nossa atuação e dando visibilidade internacional ao IFRN, pois nossos alunos vão ser os embaixadores do Instituto lá fora, assim como os alunos deles vão ser seus embaixadores no Brasil. Eu acredito que essa ampliação do conhecimento na instituição e a troca de experiência entre as instituições e os profissionais é o maior ganho, inclusive para a sociedade.

Como vai funcionar o intercâmbio com os Institutos Politécnicos?

A cada ano, oito alunos ou professores vão para Portugal para estudar por um período que pode variar de seis meses a um ano, sendo dois alunos ou professores por Instituto Politécnico. Nesse período, o IFRN também vai receber estudantes ou professores portugueses, na mesma quantidade. A formatação ainda será discutida internamente pelo Conselho Superior (Consup) quanto à assistência estudantil.

Além dos institutos portugueses, o  IFRN pretende buscar parcerias com instituições de outros países?

Vamos dar sequência aos acordos. Em março de 2012, vamos participar de uma missão na Alemanha com o propósito de abrir espaço no Programa Ciência Sem Fronteiras para os Institutos Federais e conhecer as instituições de educação profissional daquele país.