No dia das mães, é necessário lembrar que ser mãe é entregar parte de sua vida de bom grado a outro ser humano sem esperar nada em troca. É amar,  preocupar-se, apoiar, doar-se, cuidar e tentar estar preparada para toda e qualquer dificuldade que surgir. Ser mãe e ter um emprego é uma batalha, é ter uma maior carga horária, é estar cansada para si mesma, é lutar contra o mundo. Ser mãe e voltar a estudar é tudo isso com uma pitada do medo de falhar, mas com o sonho de que tudo pode dar certo.

Eunice de Oliveira, ex aluna do EJA, aluna do curso de Matemática e mãe de um aluno do IFRN, nos lembra que lutar por um sonho é o tipo de batalha do qual não nos arrependemos e que ter alguém que acredite nos nossos sonhos junto conosco deixa a realização mais fácil.

“A palavra ‘mãe’ me traz muitos significados e não se aplica somente a minha genitora, a mulher que me trouxe ao mundo. Posso e aplico, sempre que posso, à instituição da qual faço parte desde 2012. Entrar no IFRN pra mim foi um sonho que eu nunca havia sonhado, de tão impossível que me parecia, mas eu entrei na turma de Edificações EJA 2012 e, de lá pra cá, a minha vida mudou completamente. O IFRN campus Mossoró abriu as portas de um mundo que eu nem imaginava que existia. Fui acolhida não somente como aluna, mas como ser humano, como gente que, apesar de já estar fora da faixa etária escolar, tem muito o que aprender e muito com o que contribuir. Depois de 25 anos longe das salas de aula, o IFRN me recebeu com todo o suporte e toda a paciência para que eu nunca desistisse diante de nenhuma dificuldade no tocante ao aprendizado. A mãe IFRN me permitiu concluir o ensino médio já integrado ao curso de Edificações, área que sempre teve meu apreço e me permitiu ingressar num curso superior, no qual hoje estudo, para poder ensinar uma das minhas disciplinas favoritas: a Matemática. Como uma mãe acolhedora, que acredita no potencial do filho, que o incentiva a enfrentar as dificuldades e que nunca desiste de dar o suporte que for preciso. É isso que o IFRN representa para mim e para muitos outros alunos que fazem parte do seu ‘colo de mãe’.”