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Palestra

Setor de Serviços Gerais e Manutenção realiza palestra sobre animais peçonhentos

A palestra ocorreu na última quinta-feira, 04 de abril de 2019, e foi ministrada pelo Biólogo e Professor, Pablo Gurgel

Publicada em 08/04/2019 Atualizada há 1 ano

Devido às chuvas que ocorrem nessa época do ano em nossa região e consequentemente o aumento da vegetação nativa, é bastante costumeiro nos depararmos com serpentes de diversas espécies, ocasionando muitas vezes acidentes; considerando que a área onde é localizado o IFRN Campus Macau é bastante ampla e prezando pela segurança de todos que trabalham e circulam no local, no dia 04 de abril de 2019, o setor de Serviços Gerais e Manutenção realizou uma palestra com os colaboradores afim de conscientizá-los de como proceder caso encontre alguma serpente durante os trabalhos.

Para isso, foi convidado o biólogo e professor Pablo Gurgel do IFRN Campus Macau para ministrar a palestra onde foi apresentado as espécies de cobras peçonhentas e como identifica-las, principalmente como proceder caso encontre com alguma durante as atividades.

O professor Pablo apresentou a diferença entre animais peçonhentos e venenosos; onde são chamados de peçonhentos os animais que para caçarem ou se defenderem têm a capacidade de inocular substâncias tóxicas produzidas em glândulas especializadas de seu corpo. O meio utilizado para a inoculação dependerá da espécie do animal, que no caso das serpentes ocorrerá através dos dentes inoculadores de veneno, e nos escorpiões, através do aguilhão localizado na ponta de sua cauda; já os animais que são venenosos, mas não são peçonhentos, esses animais não possuem nenhum órgão capaz de inocular o veneno, e essa é a principal diferença entre eles. É importante salientar que os animais peçonhentos agem quando se sentem ameaçados. 

Como identificar as cobras peçonhentas das não peçonhentas? Pergunta muito comum por todos, o professor Pablo nos explica que nem sempre podemos afirmar que pelo formato da cabeça: a das peçonhentas é triangular. Isso, pelo menos, é o que se costumam dizer por aí – mas trata-se de uma generalização perigosa. A diferenciação entre elas está longe de ser tão simples assim. Outros detalhes anatômicos – como a cauda, as escamas e a pupila – também ajudam na distinção, mas existem tantas exceções à regra que eles, por si só, são insuficientes. O método mais seguro é observar a presença de um pequeno orifício entre os olhos e as narinas: a chamada fosseta loreal. “Todas as serpentes peçonhentas, com exceção da cobra coral, são dotadas desse orifício, que não aparece nas não-peçonhentas”, afirma o professor Pablo Gurgel. O tal buraquinho é, na verdade, um órgão termorreceptor – ou seja, um detector de calor – de altíssima sensibilidade, capaz de perceber variações de temperatura próximas à elas.

Ao sofrer picada de animais peçonhentos é importante que o acidentado seja levado o quanto antes para um hospital, pois a vida dele dependerá da rapidez com que o tratamento com o soro for feito. É importante que se identifique qual o animal causador do acidente; além de não fazer torniquete; não aplicar nenhum tipo de medicamento, como borra de café, folhas no local da picada; manter o órgão afetado erguido; não fazer sucção do veneno e não espremer o local da picada.

A melhor forma de se tratar vítimas de animais peçonhentos é através da soroterapia. Esse tratamento consiste na aplicação de um concentrado de anticorpos que irá combater o veneno do animal.

Para manter esses animais longe de nossas casas é preciso que tomemos algumas medidas preventivas, como:

  • Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
  • Combater a infestação de baratas e roedores, posi atraem animais peçonhentos;
  • Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
  • Afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
  • Não acumular entulhos e materiais de construção;
  • Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
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