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Projeto Peixes de Salinas: uma oportunidade para viver a ciência

Projeto Peixes de Salinas, realizado pelo campus Macau, oferece oportunidade de pesquisa e vivência

Publicada em 28/02/2012 Atualizada há 1 ano, 1 mês

A educação é um processo que ultrapassa os limites das salas-de-aula, especialmente numa instituição como o IFRN, voltada para o ensino, a ciência e a tecnologia aplicados ao dia-a-dia de seus alunos e à vida das comunidades em torno de seus campi.

O campus Macau tem parte de suas atividades voltada para os setores de pesca e aquicultura, tendo em vista o potencial da região salineira e as questões geográficas nas quais a cidade está localizada. Por isso, vários projetos nessas linhas de pesquisa estão sendo desenvolvidas nesse campus.

Uma dessas atividades é o Projeto Levantamento das Espécies de Peixes da Salinor – Macau (RN), coordenado pelo Professor José Garcia Júnior, que conta com a participação dos alunos do curso técnico em Recursos Pesqueiros e que desenvolvem pesquisas de campo na estação Alazão, da Salinor, empresa que explora a extração de sal na região.

O projeto, que é semestral e teve início em 2011, caminhando agora para sua segunda etapa, visa investigar ecologicamente os peixes presentes nos tanques da Salinor de Macau, assim como identificar taxonomicamente as espécies de peixes que ocorrem nos tanques da salina; avaliar os padrões de biodiversidade, distribuição e abundância encontrados nessas áreas; verificar a influência da salinidade, pH, temperatura, concentração de oxigênio dissolvido, condutividade elétrica da água dos tanques nos padrões de biodiversidade, distribuição e abundância dos peixes; e, dessa forma, fornecer informações básicas de suporte para a aplicação futura de medidas de monitoramento e conservação destes recursos pesqueiros.

Segundo o Prof. José Garcia Júnior, o projeto Levantamento das Espécies de Peixes da Salinor – Macau (RN) se mostra importante “porque vem suprir um pouco da falta de informação científica existente sobre os peixes que habitam o ambiente hipersalino de Macau.” É a partir da pesquisa e conhecimento do ambiente, que as atividades produzidas pelos cursos encontram utilidade prática e interferem de maneira positiva na vida da comunidade. “Nós não podemos conservar o que não conhecemos. Então o projeto visa justamente gerar as informações básicas para a criação e implementação futura de um plano de uso sustentável das espécies que são capturadas”, diz Garcia. Ações como essas permitirão a sustentabilidade das atividades de pesca, garantindo o equilíbrio do meio-ambiente e a longevidade da cultura pesqueira local.

Para os alunos, a chance de desenvolver um trabalho de campo é a oportunidade perfeita para aliar teoria e prática no fazer científico, gerando neles o interesse e comprometimento com o projeto, qualidades essenciais para sua inserção no mercado de trabalho nessa área.

Segundo Garcia, “como esse é um projeto que visa fornecer conhecimentos ecológicos para a região, ele pode contribuir para o estabelecimento de uma cultura científica e da iniciação na área de pesquisa dos alunos do campus”.

São projetos como esse que propiciam aos alunos vivenciarem o fazer científico em sua totalidade, além de permitirem a eles o contato produtivo com sua própria comunidade e que justificam a existência de uma instituição que tem como focos a educação, a ciência e a tecnologia para o desenvolvimento do país.

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