Na última terça-feira (05), o IFRN - Campus João Câmara, em uma decisão conjunta com outros campi que compõem o IFRN, pararam as suas atividades com o objetivo de mobilizar servidores e alunos em torno de discussões sobre as atual conjuntura política que vivenciamos e dentro da qual emergem uma série de reivindicações, a exemplo da aprovação de um plano de carreira e cargo que ofereça melhores condições de trabalho e salários para professores e técnicos administrativos.

          Se o objetivo desta paralisação foi o mesmo da ocorrida no mês de junho, o formato escolhido para realizá-la foi outro. Enquanto nos dias 15 e 16 do último mês as discussões se concentraram no IFRN - Campus Natal Central e envolveram apenas os servidores, para a paralisação da última terça a programação organizada ocorreu no próprio Campus João Câmara e contou com a presença não apenas dos servidores, mas também dos próprios alunos, chamando a atenção destes para a importância e urgência das reivindicações motivadoras das recentes paralisações.

         Tendo à frente os professores Emanuel Lourenço e Wanderlan Porto, as discussões foram antecipadas pela exibição de dois vídeos. O primeiro, “Eles não usam Blak-tie”, problematiza um cenário político que tem como foco movimentos grevistas e organizações sindicais. O outro vídeo apresenta uma breve história da carreira docente. Por fim, houve a exposição, realizada pelo professor Emanuel, da pauta de reivindicações do SINASEFE em relação à carreira dos professores e técnicos administrativos da rede federal. 

         No decorrer de todas as atividades, foram gerados debates importantes para o amadurecimento da conscientização política tanto do corpo discente quanto dos próprios servidores. Todas as falas, inclusive a dos próprios alunos, foram portadores de um discurso reconhecedor da importância e emergência das reivindicações expostas.

         Nas palavras do professor Emanuel, “a paralisação foi um sucesso, já que o principal objetivo foi alcançado, o de chamar a atenção dos alunos e, por extensão, da comunidade, para a necessidade e importância da nossa causa”.