Cada vez mais pessoas estão conscientes de que o óleo comestívelutilizado para frituras de alimentos é altamente nocivo ao meioambiente e por isso evitam o seu descarte na natureza. Pode entupirpias, rachar os canos das redes de esgotos domésticos e contaminar oslençóis freáticos ao serem depositados nos quintais. Lançado em rios eaçudes, é capaz de contaminar até um milhão de litros de água.

Mais do que ampliar a consciência sobre os malefícios do descarteindevido do óleo, o Assembleia Cidadã está criando um novo conceito: degeração de emprego e renda, com a confecção do sabão ecológico, que usao produto como base. O curso foi um dos mais procurados em Santana doMatos, cidade que recebeu o AL Cidadã nesta quarta e quinta-feira (21 e22).

Se no dia a dia eles são alunos do Instituto Federal de EducaçãoCiência e Tecnologia (IFRN) no Campus João Câmara, em eventos comoAL Cidadã os jovens Anielly Karoline, Carlos Felipe e Maria Julianimudam de lugar e vão para a frente da sala de aula, ministrar o cursopara uma atenta plateia formada quase que exclusivamente por donas decasa interessadas em lições de sustentabilidade e de economia doméstica.

“Em João Câmara, muitas pessoas produzem o sabão para uso próprio,mas boa parte já está fabricando numa escala maior para comercializarem mercearias e mercadinhos”, diz Anielly. A receita é simples: óleoresidual, solda cáustica em pó, água, essência e corante. Ao final,cada barra de 200 gramas do sabão ecológico tem um custo de trinta ecinco centavos, quase um terço do valor das marcas mais tradicionaisexpostas nos supermercados.