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DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

No Dia Mundial da Alimentação estudantes do Câmpus Ipanguaçu se mobilizam

Os estudantes do Câmpus Ipanguaçu realizaram durante os dias 17 e 18/10, uma mobilização no intuito de suscitar a discussão sobre o modelo majoritário e vigente da produção de alimentos de forma insustentável

Publicada em 19/10/2012 Atualizada há 1 ano, 3 meses

Dia Mundial da Alimentação no Câmpus Ipanguaçu

A questão dos alimentos é um problema mundial, e historicamente tem evidenciado que existem problemas de várias naturezas, podendo-se destacar: a saúde, a questão ambiental nas suas insustentáveis formas de produção, a ciência, a indústria e agronegócio e, sobretudo, a política e econômica, ambientado por um cenário de forças do capital.

                Nesse contexto, em comemoração ao dia 16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação – os estudantes do Câmpus Ipanguaçu realizaram durante os dias 17 e 18/10, uma mobilização no intuito de suscitar a discussão sobre o modelo majoritário e vigente da produção de alimentos de forma insustentável – o Agronegócio.

                Por meio de exposições, os estudantes dividiram o cenário do “Centro de Vivência” do Câmpus, assim como sensibilizaram a comunidade acadêmica com informações, atividades místicas, músicas, e reflexões sobre os temas: A questão dos agrotóxicos; Consumo de Alimentos Transgênicos; A Questão Agrária; Economia solidária; Permacultura e Movimentos Sociais do Campo. Além disso, através de exposições de práticas agroecológicas e o “Cine Agroecologia”, foi sugerido a Agroecologia como solução alternativa ao modelo convencional de produção de alimentos, sendo socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável.

                Por fim, um ato simbólico de encerramento: A Cerimônia Coletiva de Cura 8000 Tecido Planetário, buscou por meio de apenas oito tambores, feitos com vasilhames de água mineral, manifestar a arte através da música. Ecoaram batidas de músicas indígenas, sendo entoadas como convite ao povo pela cura da nossa terra, pela valorização da nossa cultura e pela Proclamação Continental dos Direitos da Natureza, que aconteceu no dia 12 de Outubro. “A cerimônia dos tambores sagrados ajudará a regenerar um campo ilimitado de vibrações poderosas, um enorme efeito do som cósmico de alta frequência se espalhando e ajudando a purificar e harmonizar a Terra e a Humanidade”, disse a aluna Jailma Serafim, do 4º ano do curso de Informática.

                “Essa iniciativa dos estudantes advém de um grupo que vêm fazendo contínuas reflexões, não apenas com relação ao abordado no evento, mas sobre o papel da nossa instituição de denunciar e anunciar a condição da sociedade que vivemos, que historicamente oprime e marginaliza parcela significativa de homens e mulheres. Posto isto, pensamos que as instituições de ensino devem proporcionar um espaço vivo de reflexões permanentes, ultrapassando a ‘neutralidade’, abraçando os movimentos sociais, sendo o baluarte do pensamento de esquerda, obviamente não doutrinando, mas formando cidadãos não apenas críticos, mas reflexivos e críticos a condição de oprimido sócio-historicamente”.

                “Esperamos e convidamos os servidores e estudantes a pensarmos a nossa instituição com olhos livres e como instrumento de libertação e luta para nossa região e sociedade, como já prevê nosso projeto político pedagógico, através do ensino, pesquisa e extensão, esta sendo pensada como comunicação, haja vista, através dela ser possível o diálogo e conceber os envolvidos como sujeitos que pensam, sentem e podem transformar a condição de sociedade que vivemos”.

                “Portanto, parafraseando o Che Guevara, que a nossa instituição abra as portas para o povo e abracem suas lutas, pintando-se de preto, branco, mestiço e povo, pois este deve ser o sentido de sua existência”, concluiu Jailma.

 

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