Relações étnico-raciais
Neabi organiza palestra sobre história indígena em Ipanguaçu
O professor convidado, Dr. Janildo Sobrinho, apresentou suas pesquisas à comunidade do Campus
Publicada por Rafael Pinheiro em 29/05/2023 ― Atualizada há 1 ano, 5 meses
Na manhã do dia 27 de abril o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/IP) realizou, no Auditório do Campus, a palestra "Ipanguaçu: dos donos da terra à ocupação portuguesa", tendo como expositor o professor e escritor Dr. Francisco Janildo Sobrinho. O evento, em alusão ao mês dedicado à visibilidade dos povos indígenas, contou com a presença de estudantes e servidores.
Para o professor Valdemiro Filho, coordenador do Neabi/IP, "o evento do Abril Indígena é de fundamental importância para o Instituto Federal, tendo em vista a imperiosa necessidade de a comunidade escolar conhecer a história da região em que está inserida", afirma.
Palestrante
O prof. Dr. Janildo é servidor público efetivo da Secretaria Municipal de Educação (SME) do Município do Alto do Rodrigues, condutor de turismo e arqueológico da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) do Município de Ipanguaçu e atualmente realiza pesquisa na área de arqueologia em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e com a Prefeitura de Ipanguaçu. Sua exposição é fruto do trabalho em pesquisa, a qual resultou em 2019 no livro que carrega o mesmo nome da palestra.
Abril Indígena
O Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril, com atividades que se estendem pelo mês, resgata e valoriza a importância dos povos originários para a composição do nosso país, o Brasil.
"É comum conhecermos a história contada pelos dominantes, que deixa de lado aquela produzida pelos povos que estiveram desde antes da invasão portuguesa e ainda permanecem resistindo e lutando por seu território. Entender a questão indígena no Estado do Rio Grande do Norte e, mais especificamente, na região do Vale do Açu, é contribuir para o empoderamento e a humanização dos povos indígenas", relata o professor Valdemiro.
O professor cita ainda a escritora nigeriana Chimamanda Adichie: "As histórias foram usadas para espoliar e caluniar, mas também podem ser usadas para empoderar e humanizar. Elas podem despedaçar a dignidade de um povo, mas também podem reparar essa dignidade despedaçada. [...] quando rejeitamos a história única, quando percebemos que nunca existe uma história única sobre lugar nenhum, reavemos uma espécie de paraíso". "É isso que buscamos com o Abril Indígena: rejeitar a história única dos povos originários e reparar a dignidade destes", finaliza Filho.
Neabi
Os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas atuam nos Campi e de forma sistêmica no IFRN de modo a garantir a aplicação das políticas públicas de educação para as relações étnico-raciais, sejam elas cotas para ingresso estudantil, programas de permanência e êxito nos cursos ou atividades formativo-educacionais sobre a história e cultura afro-brasileiro e indígena.
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