Portal Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Norte

Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

Arte, desporto e cultura

IV Semadec celebra o Campus Ipanguaçu como espaço de encontro, memória e pertencimento

Evento reuniu estudantes, servidores e comunidade entre os dias 15 e 19 de dezembro, com atividades culturais, esportivas e artísticas

Publicada por Max Praxedes em 22/12/2025 Atualizada em 22 de Dezembro de 2025 às 21:21

Entre vozes que ecoaram nas arquibancadas, passos apressados entre uma atividade e outra e olhares atentos às apresentações culturais, o Campus Ipanguaçu do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) viveu, de 15 a 19 de dezembro de 2025, uma semana em que o ritmo habitual das atividades acadêmicas deu lugar a uma experiência coletiva ampliada. A IV edição da Semana de Arte, Desporto e Cultura (Semadec) reuniu estudantes, servidores e comunidade externa, transformando o campus em um território de convivência, celebração e aprendizado ampliado.

Com o tema “Raízes em movimento: celebrando a cultura, a ancestralidade e a resistência”, o evento teve como objetivo fortalecer a integração entre cursos e pessoas, promovendo um ambiente de convivência, celebração e pertencimento. Ao longo da semana, a programação esportiva contou com modalidades como basquete, biribol, damas, futsal, handebol, jogos eletrônicos, natação, queimada, tênis de mesa, voleibol, xadrez e “la padabaal”. Já a programação cultural ocupou diferentes espaços do campus com gincana cultural, apresentações artísticas, oficinas, exposições, salas temáticas, karaokê e as feiras Literária, Agroecológica e Artesanal, ampliando os espaços de convivência.

Foto: Igo Moura
Foto: Igo Moura

Para o diretor-geral do campus, Geraldo Júnior, a Semadec reafirmou a força da comunidade acadêmica: “foi um evento completo, que envolveu arte, cultura e esportes, muito esperado pela nossa comunidade. Houve grande integração para que tudo acontecesse, com forte envolvimento dos estudantes e diálogo com a comunidade interna e externa do Vale do Açu”, avaliou.

Foto: Igo Moura
Foto: Igo Moura

Intensidade, memória e pertencimento

Para Vitória Souza, a Semadec representou um respiro em meio à rotina exaustiva. Vivendo o evento, ela decidiu aproveitar cada instante: “se pudesse definir em uma palavra, seria felicidade. Foi sair da sala de aula, deixar a sobrecarga de lado e viver o que é ser estudante de uma instituição federal”, contou. Entre jogos, gincanas e torcida, Vitória descreveu uma semana de entrega total: “o cansaço veio, perdi a voz, mas a alegria foi maior. A Semadec lembrou que a convivência, o cuidado e a amizade também fazem parte da nossa formação”.

Foto: Igo Moura
Foto: Igo Moura

Esse sentimento coletivo também passou pelo olhar atento de Igo Moura, estudante responsável pela cobertura fotográfica do evento. Ao acompanhar de perto a movimentação do campus, ele percebeu a força do engajamento: “as pessoas estavam envolvidas de verdade. Fotografar permitiu eternizar momentos de alegria, vitórias e conquistas”, explicou. Para Igo, a imagem ultrapassa o registro técnico: “a fotografia conta histórias, cria identidade e preserva memórias. Isso fortalece o pertencimento de quem vive o Campus Ipanguaçu”.

Raquel Araújo percebeu essa conexão se formando aos poucos, nos detalhes da semana: “vi garra no olhar dos estudantes, união nas apresentações, nas gincanas e nos jogos entre salas”, relatou. Para ela, a mistura entre ciência, cultura, arte e esporte torna a Semadec única: “esse evento despertou em mim o sentimento de orgulho por estudar no IFRN. Me senti mais conectada com minha turma, com outros cursos e com o campus”.

Foto: Igo Moura
Foto: Igo Moura

Despedidas, legado e continuidade

Em seu último ano no campus, John Fernandes viveu a Semadec como síntese de tudo que construiu no IFRN. Para ele, o esporte funcionou como eixo de permanência e formação: “foi isso que segurou muita gente aqui, ensinando disciplina, cuidado com o corpo e responsabilidade ao longo da trajetória estudantil. A Semadec mostra isso de forma muito clara, com a competição, as apresentações culturais e a participação das pessoas”, afirmou. Ao relembrar sua trajetória, John falou de viagens, medalhas e experiências acadêmicas que marcaram sua formação: “estou saindo com gratidão. Vivi o campus por completo, e metade das oportunidades que tive vieram do esporte”.

A ideia de trajetória construída ao longo do tempo também atravessa a fala de Mateus Torres, que associa sua chegada ao campus diretamente ao evento: “tudo começou em uma Semadec, quando quase não existia basquete no campus. Foram quatro anos de luta para consolidar essa modalidade”, lembrou. Ao sair em 2025 como vice-campeão dos Jogos Intercampi do IFRN, Mateus vê a Semadec como ponto de partida e de fechamento: “hoje o basquete é valorizado e reconhecido. Essa história começou aqui e fica a sensação de que valeu a pena suar, insistir e acreditar”.

Foto: Igo Moura
Foto: Igo Moura

Para Guilherme Peixoto, que também viveu sua última Semadec como estudante, o evento simboliza casa e aprendizado: “na Semadec, rivalidade e amizade coexistem em equilíbrio. Depois de cada jogo, vem o aperto de mão, a conversa, o respeito”, comentou. Ao deixar o campus, ele carrega os vínculos criados ao longo de quatro anos: “ganhei amigos, aprendi que rivalidade não significa inimizade. Um ciclo se encerra, mas nem todo ponto final é o fim da história. O Campus Ipanguaçu ainda vai estar presente na minha vida”.

Ao final da Semana, quando as arquibancadas silenciaram, algo permaneceu. A IV Semadec deixou marcas que não cabem em troféus ou cronogramas. Ficou no corpo cansado e feliz, nas amizades que nasceram e na memória coletiva construída dia após dia. Como as margens do Açu, que seguem guardando histórias mesmo quando as águas baixam, o campus reteve aquilo que foi vivido: encontros, afetos e experiências que continuam a correr por dentro de quem esteve ali.

Acesse:

Galeria de fotos

Palavras-chave:
Semadec Desporto Cultura Campus Ipanguaçu Arte