Nos dias 03 e 10 de novembro, estudantes e egressos dos cursos do Campus Ipanguaçu participaram da Capacitação em Elaboração de Projetos Agropecuários, realizada por agentes do Banco do Nordeste em parceria e com organização do Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA). Em torno de 30 alunos estiveram presentes na formação, localizada no Laboratório de Informática III.

O professor Paulo Sidney, a frente da ação, representando o NEA, e os agentes do Banco do Nordeste deram seus depoimentos sobre a importância da atividade para o IFRN, a formação de seus estudantes, sua inserção no mercado, para o Banco do Nordeste e para a comunidade em geral. Confira:

Campus Ipanguaçu do IFRN: Professor Paulo Sidney, qual a importância dessa capacitação em elaboração de projetos para os alunos e egressos do campus?

Professor Paulo Sidney: Veja, nós temos, hoje, e nosso curso é focado na agricultura familiar, nós temos uma grande deficiência em elaboradores de projetos agropecuários de uma forma mais geral para as diferentes linhas que o FNE, que é o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, destina recursos para os agricultores familiares. Então nós temos uma dificuldade de elaboradores de projetos de uma forma geral e mais especificamente para linhas que dialogam com o nosso curso: Pronaf Agroecologia, Agrofloresta, Pronaf Semiárido, então, com essa iniciativa, nós queremos propiciar aos nossos estudantes e recém egressos essa aptidão, essa habilitação em elaboração de projetos para que a gente possa, ao mesmo tempo, possibilitar para eles uma perspectiva de renda, porque, o elaborador, ele ganha um percentual em cima da elaboração e da assessoria da implantação do projeto, os agricultores familiares ganham porque vão ter aí um conjunto de profissionais aptos a elaborarem projetos para esse público, e o Banco do Nordeste que também carece de projetos porque tem um recurso assegurado e muitas vezes esse recurso não é acessado pela falta de bons projetos. Então eu diria que, de forma geral, a gente atende a esses três objetivos, a da agricultura familiar, dos nossos alunos e egressos e do Banco do Nordeste.

Campus Ipanguaçu: Poderia falar também sobre o envolvimento do Banco do Nordeste nessa capacitação?

Paulo: Nós poderíamos fazer essa capacitação, mas nada melhor do que o próprio banco que é o agente financeiro que opera o Pronaf, né, então são eles que analisam, são eles que sabem onde estão as principais deficiências. Essa parceria não é de hoje, quando a gente estava aqui no campus há alguns anos atrás a gente já fez algumas iniciativas com o banco aqui e nós resolvemos agora sair de um momento pontual para fazermos realmente uma capacitação, né, inicialmente de 12h, quem sabe aí num próximo ano a gente possa fazer [uma capacitação] um pouco mais consistente, mas o banco é fundamental porque é o agente que opera o crédito, conhece suas regras, suas normas, condições de elaboração, então nada melhor do que eles para fazer essa capacitação.

Campus Ipanguaçu: Estou aqui com Rômulo, Delane e Ricardo, os três representantes do Banco do Nordeste, teremos em instantes uma capacitação em elaboração de projetos. Poderiam falar um pouco mais da importância para o Banco do Nordeste dessa parceria com o IFRN para a execução dessa capacitação, para a apresentação de novos projetos por nossos alunos e egressos?

José Rômulo (técnico de campo do Banco do Nordeste): O Banco, ele tem um interesse constante no surgimento, na entrada no mercado de novos profissionais. Muitas vezes nós sentimos carência nessa área de elaboração de projetos, projetos de diversos tipos e essa capacitação, eu acho que vai abrir um leque de opções para os formandos, para os estudantes que estão aqui para eles vislumbrarem essa possibilidade num futuro próximo, de seguirem por esse caminho da elaboração de projetos, o que é viável para eles e muito positivo para o desenvolvimento da região.

Roberto Delane (gerente de relacionamentos do Banco do Nordeste): No caso aqui, a gente está falando, complementando o que Rômulo está colocando, de um celeiro de talentos. A gente aqui tem o IFRN que tem cursos de formação específicos para atuar no mercado agropecuário e o Banco, para que sejam atendidos projetos rurais, hoje, precisa de pessoas capacitadas que possam elaborar projetos específicos para cada atividade do campo, então nada melhor do que intensificar essa parceria com o IFRN, que é daqui que vão sair os grandes... as pessoas que vão... os futuros profissionais que vão elaborar esses projetos em parceria com o Banco para que possa promover o desenvolvimento da região com os projetos viáveis economicamente.

Ricardo Fernandes (agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, agência de Assu): É uma satisfação estar aqui no IF, belíssima estrutura e grande potencial de alunos sendo formados, tendo a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho através de um trabalho muito digno que é a parte de elaboração de projetos e que pode gerar uma renda bem interessante para eles que estão iniciando [na área]. E o Banco, como parceiro do IF, abraça essa causa porque todos saem ganhando: o IF que consegue incluir o aluno no mercado de trabalho, o aluno que vai gerar uma renda pra ele e o Banco que sente muita carência aqui na região. A partir do desenvolvimento da região, que está começando a acontecer e existe a carência desse proficional e do profissional qualificado, então todos saem ganhando e a gente espera muito sucesso nessa parceria.