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Bioenergia e Biocombustível

Embrapa divulga Projeto Caatinga Viva na Biotech Fair 2012

O projeto está construindo uma biofábrica no Câmpus Ipanguaçu do IFRN

Publicada em 08/11/2012 Atualizada há 1 ano, 3 meses

As qualidades do briquete à base de palha de carnaúba foram o destaque no último dia do 7º Congresso Internacional de Bioenergia e da 5ª. Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível – Biotech 2012. Os dois eventos aconteceram entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo-SP.

Na exposição, a concluinte do Curso de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thaís Estevão, apresentou os resultados das pesquisas realizadas nos laboratórios de três centros da Embrapa no Rio de Janeiro (Solos, Agrobiologia e Agroindústria de Alimentos) e de um localizado no município de Colombo, no Estado do Paraná – a Embrapa Floresta. 

Os estudos foram coordenados pelo pesquisador da Embrapa Solos, Sílvio Tavares  e comprovaram que tanto a palha de carnaúba quanto o capim-elefante são as melhores opções de biomassas para compor a lenha ecológica que será produzida na biofábrica em construção no Câmpus Ipanguaçu do IFRN, como meta principal do Projeto Caatinga Viva, patrocinado pelo Programa Petrobras Ambiental.

O pesquisador explicou que a carnaúba foi escolhida como principal matéria-prima não só pela abundância na região, como  pelas suas características físico-químicas, dentre elas o poder calorífico, uma das mais importantes para a produção de energia térmica.  O capim-elefante fará parte da composição do briquete para dar mais segurança de operação na biofábrica, em caso de quebra de safra. Quinze hectares da gramínea devem ser cultivados nas proximidades da biofábrica.

 “A demanda crescente da indústria de cerâmica vermelha do Baixo Açu potiguar por lenha tem comprometido a preservação do Bioma Caatinga naquela região. Por isso, além de coibir a retirada sem critérios da cobertura vegetal, é fundamental oferecer também alternativas para que as atividades econômicas ali desenvolvidas não provoquem tanta pressão sobre o meio ambiente ”, explicou Tavares, também coordenador técnico do Projeto. Segundo ele, a biofábrica deverá começar a funcionar em janeiro de 2013, com uma capacidade de produção de 400 toneladas do produto por mês.

Palavras-chave:
pesquisa

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