PESQUISA
Câmpus desenvolve pesquisa para diversificar a utilização da cultura do milho
O "baby corn", nome dado à espiga do milho jovem, em desenvolvimento, surge como alternativa aos mini e pequenos agricultores da região.
Publicada em 19/10/2012 ― Atualizada em 29 de Março de 2023 às 19:41

O IFRN - Câmpus Ipanguaçu tem conduzido projetos de pesquisa sobre a cultura do milho, objetivando desenvolver uma tecnologia de produção orgânica de minimilho, também conhecido como “baby corn”, que é o nome dado à espiga de milho jovem, em desenvolvimento, não polinizada.
A intenção é que a produção do minimilho não gere grandes mudanças no que diz respeito aos sistemas de cultivo para o milho verde/grãos. Havendo mercado, isso dará aos produtores mais uma opção de utilização para a cultura.
O grupo de pesquisa liderado pelo Professor Bernardo Bezerra de Araújo Junior tem obtido resultados animadores. Nos primeiros ensaios, as produtividades observadas em pesquisa de campo superaram a marca de 1,0 t/ha de espiguetas despalhadas.
O projeto conta com a colaboração do Engenheiro Agrônomo Marlon de Morais Dantas e dos estudantes do curso Técnico em Agroecologia: Alice Emilaine, João Pedro, Fernando Augusto e Marília Tavares.
Os resultados dos ensaios estão sendo veiculados em congressos nacionais da área, como o Congresso Brasileiro de Olericultura, que este ano foi realizado na cidade de Salvador – BA.
A cultura do milho encontra-se amplamente disseminada no Brasil, e no Nordeste tem importância especial por compor diversos pratos típicos. A cultura apresenta a peculiaridade no que diz respeito à sua multiplicidade de usos na propriedade rural quanto à tradição de cultivo deste pelos agricultores brasileiros.
Uma opção nova de utilização consiste na produção de minimilho, que surge como alternativa aos mini e pequenos produtores e o seu cultivo não apresenta grandes diferenças em relação ao cultivo do milho verde, à exceção de que o ciclo de produção é menor.
O Brasil apresenta um mercado promissor, onde a procura pelo minimilho está crescendo e a produção brasileira é quase nula. Com isso, alguns estudos estão sendo empreendidos em várias regiões do Brasil, sendo de interesse, portanto, avaliar a produção de minimilho sob as condições do Nordeste brasileiro. Nessa região a produção assume importância especial porque, desde que se disponha de água para irrigação, a produção pode ser feita durante praticamente todo o ano.