Patente Inovador
Revestimento que prolonga conservação de passas de caju tem parceria entre o IFRN e a UFERSA
A parceria entre a Ufersa e o IFRN tem gerado outros estudos voltados à aplicação de embalagens que visam aumentar a durabilidade dos frutos desidratados, especialmente os produzidos no Rio Grande do Norte.
Publicada por Raimundo Fidelis em 19/11/2024 ― Atualizada há 1 dia, 15 horas
Pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) conquistaram mais uma patente, desta vez para um inovador revestimento comestível desenvolvido para prolongar a vida útil das passas de caju. O revestimento, à base de fécula de mandioca e quitosana, teve um impacto positivo na conservação do produto, que foi armazenado a 27±3°C por 30 dias, preservando suas características físico-químicas e microbiológicas.
Este avanço representa um grande diferencial em relação ao que é praticado atualmente, pois, ao contrário das técnicas convencionais, o uso desse revestimento consegue manter a qualidade do produto sem a necessidade de conservantes químicos. Essa inovação foi o resultado de um projeto desenvolvido pela professora Lúcia Cesar Carneiro, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - Currais Novos, em parceria com a professora Edna Aroucha, da Ufersa. A professora Lúcia, que é especialista em Tecnologia Agroindustrial, foi coorientada por Edna durante seu doutorado.
A parceria entre a Ufersa e o IFRN tem gerado outros estudos voltados à aplicação de embalagens que visam aumentar a durabilidade dos frutos desidratados, especialmente os produzidos no Rio Grande do Norte. A utilização de biopolímeros como base para embalagens representa uma solução inovadora e sustentável para a indústria alimentícia, pois, além de evitar o uso de conservantes químicos, diminui a necessidade de refrigeração dos produtos.
Tecnologia e Sustentabilidade
O revestimento é composto por dois biopolímeros: um de origem vegetal (fécula de mandioca) e outro de origem animal (quitosana). A combinação desses materiais resultou em uma película com excelentes propriedades de barreira e ação antifúngica, o que contribui para a preservação do produto.
A professora Edna Aroucha destaca a originalidade da pesquisa, explicando que não há registro do uso desse tipo de embalagem em produtos processados como as passas de caju. "A utilização de biopolímeros como matérias-primas renováveis, junto com a melhoria significativa na conservação das passas de caju, sem a necessidade de conservantes ou refrigeração, posiciona esta invenção como uma solução sustentável e eficiente para a indústria alimentícia", afirma.
Além da professora Edna, a equipe de pesquisa conta com outros especialistas, como o Prof. Dr. Pahlevi Souza, a Dra. Maria Moraes e Emanoel Faustino, todos integrantes do grupo de professores do IFRN-Currais Novos que atuam na área de Tecnologia Agroindustrial.
Com essa patente, a Ufersa reafirma sua posição de destaque na pesquisa e inovação voltada para a sustentabilidade e eficiência na indústria alimentícia, propondo alternativas que beneficiam não só a preservação dos alimentos, mas também o meio ambiente.
- Palavras-chave:
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