Campus forma mais um especialista em Proeja
Professor defende abordagem experimental no ensino de Química.
Publicada em 31/07/2009 ― Atualizada há 1 ano, 7 meses
Como ensinar Química aos alunos dos cursos técnicos integrados do Programa de Educação de Jovens e Adultos de forma que eles se sintam motivados e consigam absorver todo o conteúdo repassado. Este é o objeto de estudo do Trabalho de Conclusão de Curso do professor, que desde a última sexta-feira, dia 31, é o mais novo especialista em Proeja do Campus Currais Novos do IFRN.
Com o tema “Abordagem experimental para o ensino de Química no Proeja: algumas considerações metodológicas”, o professor recebeu nota nove da banca examinadora, composta pelos professores mestres Antônio Gautier Farias Falconieri (Uern), Maria das Graças Baracho (IFRN), além do orientador prof. Dr. Wyllys Abel Farkatt Tabosa, que recomendaram também a publicação do trabalho.
Segundo Carlos Monteiro, o presente trabalho é resultado da percepção de uma necessidade de mudança de postura como educador atuante em cursos do Proeja. Ele apresentou uma proposta de abordagem experimental para o ensino de química em turmas dessa modalidade, visando facilitar a aprendizagem, com aulas teóricas que partiam de experimentos.
Foram utilizados dois tipos de instrumentos para aferir a opinião dos estudantes sobre o ensino da disciplina: a entrevista e o questionário. As atividades foram desenvolvidas em duas turmas de 40 estudantes, num total de 10 encontros, que se desenvolveram em sala de aula e em laboratório.
No primeiro encontro foi realizada uma entrevista com perguntas sobre o tempo em que o estudante estava afastado da escola, o contato anterior com a disciplina e, principalmente, sobre a motivação para estudar a disciplina de Química. O questionário foi aplicado no último encontro, com o qual se buscou conhecer o pensamento dos estudantes em relação à metodologia aplicada ao longo dos 09 (nove) encontros anteriores, a motivação para as aulas e o gosto pela disciplina, a aprendizagem e a influência da metodologia na aprendizagem.
Os resultados obtidos através da entrevista e do questionário apontaram um salto de 2,5% para 68,6% entre os alunos que se diziam muito motivados e um grande decréscimo entre os desmotivados, que caíram de 37,5% para 3,8%. Foi registrada também uma redução entre os que declararam não gostar da disciplina de 78,25% para apenas 1,3%; em relação aos que declararam gostar da disciplina de Química anotamos um crescimento de quase 9 vezes; 97,5% dos estudantes informaram que sua aprendizagem dependeu da abordagem experimental. “Com os resultados obtidos podemos comprovar que o estudo experimental é uma importante ferramenta na facilitação da aprendizagem de jovens e adultos”, concluiu o professor.