Embrapa apresenta técnicas de produção de queijo de coalho
Curso é voltado para pequenos produtores da agroindústria familiar
Publicada em 27/09/2010 ― Atualizada há 1 ano, 8 meses
Procurar iniciativas que ampliem as atividades do instituto, levando ações para além de seus muros, mostra o interesse que o IFRN tem em promover melhorias sociais, não apenas com alunos em sala de aula, mas também nas comunidades e regiões em que se inserem.
Com esse pensamento, no período de 20 a 25 de setembro, realizou-se, nas dependências da usina-escola, o curso “Boas práticas de fabricação de queijo de coalho em agroindústria familiar”. O curso é uma iniciativa da Embrapa e faz parte do “Projeto de melhoria da produção, processamento e comercialização do queijo de coalho de agricultores familiares dos estados do PI, CE e RN”, desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado do Ceará, e tem como parceiros locais Emater/RN, IFRN e produtores rurais.
A equipe conta com José Carlos Machado Pimentel, pesquisador da Emprapa; João Bosco Cavalcante de Araújo, sociólogo e analista da Embrapa; Benemária Araújo Macêdo, Engenheira de Alimentos e Professora da Universidade do Estado do Ceará; tendo o apoio local do escritório regional da Emater e equipe técnica do Campus Currais Novos do IFRN, Aquileine Mainomy Benício de Carvalho, Ítala Viviane Ubaldo Mesquita e Jefferson Amaral.
O curso é um trabalho de pesquisa que vem sendo desenvolvido pela Embrapa junto a pequenos produtores rurais dos estados do Piauí, Ceará e agora chega ao Rio Grande do Norte. A proposta é que, em cada curso, sejam treinados 40 produtores da agroindústria familiar, dos quais 10 são selecionados para receberem kits de produção de queijo de coalho. No decorrer da produção, estes serão avaliados pelos produtores e as informações servirão para aprimorar o equipamento.
Segundo o pesquisador Machado, o objetivo é melhorar a qualidade do queijo produzido pelo pequeno produtor, não apenas em sabor, mas também, aparência, cor, textura, aroma, rendimento e embalagem, aspectos que favorecem na avaliação do produto pelo consumidor. “Quando vocês melhoram o produto, vocês agregam valor a ele”, completa a Professora Benemária, instrutora do curso.
Ela apresentou técnicas diferenciadas das praticadas pelos produtores e diz que a intenção não é mudar a cultura ou a forma de produzir queijo em cada região, mas sim, mostrar que há maneiras de fazer que podem melhorar tanto a qualidade, quanto o rendimento dos produtos.
Para Dona Vera Lúcia de Araújo, pequena produtora de Carnaúba dos Dantas, o curso “foi mais um complemento para melhorar a sustentabilidade do negócio”. Ela produz cerca de 10 kg de queijo por semana e diz que “os novos conhecimentos adquiridos irão mudar a produção, principalmente, pelas técnicas de higienização e as novas tecnologias do kit que renovam a prática”.