O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), por meio da professora Paula Brumatti, do Campus Canguaretama, participa de um projeto de pesquisa de alcance nacional que visa criar um sistema de monitoramento de parcerias entre os setores público e privados para a gestão do lazer e do turismo em unidades de conservação (UCs).

A pesquisa, desenvolvida pelo grupo Observatório de Parcerias em Áreas Protegidas (OPAP), conta com a liderança da Profa. Dra. Camila Rodrigues, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a colaboração de mais outras nove instituições públicas de ensino. Contemplada no Edital Universal de 2023, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa envolve o desenvolvimento de indicadores e ferramentas de monitoramento, considerando às diferentes modalidades de parcerias e as distintas realidades das UCS em sete estados brasileiros.

Segundo a professora Paula Brumatti, docente do eixo Hospitalidade, Lazer e Turismo do Campus Canguaretama e pesquisadora do OPAP, “O monitoramento do turismo em áreas protegidas é premissa fundamental para a efetiva gestão e conservação destes espaços. Integrar um projeto nacional desta magnitude representa uma importante oportunidade em contribuir com as políticas públicas para o desenvolvimento responsável do turismo no âmbito nacional e para nos aproximarmos de instituições tão relevantes como o ICMBio no apoio à gestão das UCs.”

A docente do IFRN está à frente da aplicação da pesquisa no nordeste, no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha- PE, uma das 14 UCs contempladas pela iniciativa, com o primeiro trabalho de campo ocorrido em junho de 2025. Na ocasião, o projeto foi apresentado ao conselho do Parque e, junto com a equipe gestora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a matriz preliminar de indicadores, fruto do projeto, foi debatida. Também foram realizadas visitas técnicas aos atrativos turísticos para coleta de dados. “Aprender sobre as diferentes parcerias e iniciativas de apoio à visitação nas unidades de conservação do Brasil e seus desafios, nos permite encontrar soluções mais adequadas aos contextos locais e regionais”, afirma a professora do IFRN que também coordena um projeto local relacionado a esta grande temática.

O projeto Universal, que se estende até agosto de 2026, busca, portanto, auxiliar diretamente os órgãos gestores ambientais e instituições parceiras no monitoramento dos impactos dessas parcerias, considerando aspectos como a experiência dos visitantes, a gestão da visitação nas UCs e o desenvolvimento socioeconômico dos territórios envolvidos, fortalecendo à conservação ambiental. Como atividades futuras, está prevista a realização de mais uma oficina participativa para o aprimoramento da matriz de indicadores, ainda em 2025, e a construção de um painel de dados integrado ao mapeamento das parcerias em áreas protegidas do Brasil.

Para mais informações, acompanhe @opap.observatório ou www.opap.com.br.