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Ensino Remoto

Campus Canguaretama apresenta resultado de pesquisa sobre acesso a TICs

Inscrições para auxílio digital a estudantes em vulnerabilidade social terminam neste domingo (27)

Publicada em 25/09/2020 Atualizada há 1 ano

Como são as condições de acesso dos estudantes aos equipamentos de tecnologia da informação e à internet? E como é o ambiente residencial de estudos? A fim de responder a essas perguntas, a Diretoria Acadêmica do Campus Canguaretama do IFRN realizou, de 9 de junho a 15 de agosto de 2020, pesquisa com os estudantes de todos os cursos. O objetivo foi fazer um levantamento sobre a viabilidade de acesso aos meios tecnológicos e  às condições de estudo remoto. A pesquisa foi motivada pela situação de pandemia de Covid-19 e a necessidade de retorno às aulas de forma on-line, o que vai acontecer no dia 5 de outubro, conforme aprovação do Conselho Superior do Instituto (Consup).

A pesquisa foi realizada em duas fases. A primeira foi através do Suap, com 10 questões fechadas e 2 abertas, e chegou a 658 estudantes. A segunda, também com 12 perguntas, foi aplicada por coordenadores de cursos, professores e integrantes da Equipe Técnico Pedagógica (Etep) através de ligação telefônica. Nessa fase, 112 estudantes responderam as perguntas, totalizando 770. 

RESULTADOS

Dos respondentes, 695 disseram possuir acesso á internet em casa enquanto 68 não. Dos que possuem, apenas 663 fazem assinatura da prestação do serviço. Os outros 32 dependem de adquirir créditos no smartphone que usam ou no de outra pessoa do domicílio. Desse grupo, 337 não soube informar qual a velocidade de acesso, enquanto 170 contam com uma velocidade maior que 10 Mbps, 123 de 5 a 10 Mbps e 108 até 5 Mbps.

Entre os estudantes, 49,9% possui notebook, netbook ou desktop, próprio ou compartilhado com outro morador. Já 48,7% afirmou possuir smartphone ou tablet, pessoal ou compartilhado, e 1,4% não possuem nenhum tipo de equipamento.

Os estudantes foram questionados se a internet a que têm acesso possibilita o acompanhamento de vídeos e de plataformas digitais de aprendizagem. As respostas foram: 644 sim, 95 não e 24 não possuem acesso à internet. Em outra questão, 247 responderam que têm condições de acessar mais de 8 horas diárias de internet para estudos, 224 de 2 a 3 horas; 102 de 4 a 5 horas; 80 até 1 hora; 74 de 6 a 7 horas e 33 responderam nenhuma hora.

Quanto ao ambiente de estudo, 270 responderam que não possuem um ambiente específico para isso, 261 disseram que utilizam um espaço compartilhado e/ou não silencioso e 232 afirmaram ter um espaço exclusivo para estudos e silencioso. Entre os estudantes, 474 disseram que recebem apoio familiar para o estudo, 278 contam com apoio virtual de amigos 154 disseram que não possuem.

Dentre os fatores que interferem o estudo em casa, os mais citados foram dificuldade de concentração (466 vezes), tempo dedicado às atividades domésticas (304), falta de motivação (284) e falta de orientação para estudo (238).

ENCAMINHAMENTOS

Com a constatação da indisponibilidade de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) à grande parte dos estudantes, foi lançado no dia 15 de setembro o Edital de Auxílio e Ações Emergenciais da Assistência Estudantil para o Ensino Remoto. Os estudantes podem se inscrever até o dia 27 de setembro para auxílios à compra de equipamentos de informática, material didático e serviço de internet. Em busca também de preparar os estudantes para a nova realidade de ensino, uma série de atividades on-line vêm sendo realizadas, como encontros de integração e Curso de Letramento Digital.