INTERNACIONAL
Mesa redonda debate sobre permanências coloniais no campo da produção e circulação do conhecimento
Evento realizado de forma remota no dia 26 de novembro
Publicada por Annapaullinna Lima em 17/12/2025 ― Atualizada em 17 de Dezembro de 2025 às 09:45
A Mesa Redonda Internacional "Colonialidade do Saber e Semiótica do Silêncio Epistêmico: formação de professores, inteligência artificial e racismo digital" realizada no dia 26 de novembro de 2025 propôs uma reflexão crítica acerca das permanências coloniais no campo da produção e circulação do conhecimento, especialmente no contexto contemporâneo, em que as tecnologias digitais e os sistemas de inteligência artificial assumem papel central nas práticas de ensino, pesquisa e formação docente.
Partindo do conceito de colonialidade do saber, compreendida como a persistência de hierarquias epistêmicas que marginalizam saberes não hegemônicos, a discussão amplia-se para a noção de semiótica do silêncio epistêmico, isto é, os mecanismos simbólicos, discursivos e tecnológicos que operam a exclusão de vozes, epistemologias e sujeitos racializados.
A mesa oportunizou o diálogo entre a formação de professores, a educação científica e as tecnologias emergentes, considerando que os algoritmos e sistemas inteligentes, longe de serem neutros, também reproduzem desigualdades estruturais e epistemológicas — fenômeno reconhecido como racismo digital.

Buscou-se, portanto, problematizar as implicações éticas, políticas e pedagógicas da inteligência artificial e das plataformas digitais na educação, interrogando as formas de representação, visibilidade e reconhecimento dos sujeitos negros, indígenas e demais grupos historicamente silenciados.
Esse evento faz parte das ações do Projeto de Pesquisa Internacional - A Semiótica e o Silêncio Epistêmico: Ensino de Ciências, Currículo e Relações Étnico-Raciais. A mesa contará com as participações das professoras: Sandra Meza Universidade do Chile, Lenilda Duarte da Universidade de Santiago/Cabo Verde e de Rosangêla Medeiros UEPB/Brasil e Mediado Nadia Farias IFRN e coordenadora da projeto.