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MAGMUSIC

Do laboratório ao mercado: UFPB licencia aparelho de iniciação rítmica musical

Aparelho criado pelo professor de Música do IFRN/Campus Apodi, Magnaldo Araújo

Publicada em 31/08/2022 Atualizada há 1 ano, 3 meses

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio da Agência de Inovação Tecnológica (Inova), aprovou a comercialização da inovação tecnológica MagMusic, o aparelho de iniciação rítmica musical foi concedido para a empresa Dantas & Bezerra Serviços e Treinamentos.

Mag Music

Já o aparelho de iniciação rítmica musical, chamado de Mag Music, é um instrumento de auxílio no desenvolvimento da educação musical, a fim de promover a inclusão de pessoas com deficiência auditiva. O dispositivo orienta, por meio de uma linguagem visual de sinais luminosos, como executar células rítmicas presentes nas músicas.

O principal inventor do Mag Music, José Magnaldo, é professor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). Quando a patente foi registrada, ele era docente da UFPB. José Magnaldo diz que a abertura para a iniciativa privada se deu a partir de uma parceria com a startup Dantas & Bezerra Serviços e Treinamentos, criada a partir do Programa Centelha.

Além do aparelho, foi criado um curso online e um e-book que ajudam professores e educadores a utilizá-lo, para ensinar música. “É um aparelho de impacto social. Para mim, ver essa tecnologia sair das gavetas da universidade é uma grande felicidade, porque a gente consegue ver o impacto social quando a inovação ganha vida e muda as vidas de outras pessoas”, comemora o inventor.

Para José Magnaldo, “fazer com que o surdo entenda que a prática musical é possível dentro da sua cultura, fazer com que o aparelho se torne também uma metodologia de ensinar música para pessoas surdas, esse é nosso grande ideal, democratizar o ensino da música para todo mundo”.

Arita Luane, atual CEO da Mag Music, acredita que parceria com iniciativa privada seja a melhor saída. “É um incentivo para que alunos coloquem suas ideias em prática e já entrem e sintam a realidade do mercado, como também a abertura para solução de grandes problemas que nossa sociedade enfrenta, como, no nosso caso, a inclusão social a pessoas com deficiência auditiva”, afirma, acrescentando que os consumidores estão  encantados com a tecnologia. A startup está finalizando protótipo físico para versão web.

Entenda como funciona um licenciamento

De acordo com José Bezerra, agente de inovação da Diretoria de Transferência e Licenciamento Tecnológico da Inova UFPB, existem várias formas de transferência tecnológica. O licenciamento, uma delas, é um procedimento ou ato de outorga de direito de uso ou de exploração de criação (patente ou software) desenvolvida pela UFPB e seus parceiros. A outorga é uma permissão, uma licença que o proprietário da tecnologia dá para um terceiro explorar, usar, comercializar e produzir determinada tecnologia.

“O licenciamento permite que a UFPB transfira os direitos para uso, desenvolvimento, produção, exploração comercial, prestação de serviços ou obtenção de qualquer vantagem econômica relacionada com a tecnlogia. A licença pode ser onerosa ou não-onerosa. Nestes dois casos desta reportagem, são licenças onerosas, ou seja, o terceiro vai pagar, na forma de royalties, para os proprietários da tecnologia, ou seja, UFPB e os inventores da tecnologia”, explica José Bezerra.

Até agora, a UFPB já aprovou quatro licenças tecnológicas e há um processo em andamento para mais quatro tecnologias.

As empresas podem consultar as tecnologias produzidas pela UFPB no site da Inova, através de reportagens publicadas no endereço eletrônico da Universidade, na página do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e pelos serviços online gratuitos para pesquisar patentes e pedidos de patentes Google Patents e Espacenet.

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Reportagem: Pedro Paz
Edição: Aline Lins
Fonte: UFPB: https://www.ufpb.br/ufpb/contents/noticias/do-laboratorio-ao-mercado-ufpb-licencia-plataforma-de-telessaude-e-aparelho-de-iniciacao-ritmica-musical