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Inclusão na educação profissional é tema de debate em eventos no Norte do Brasil

Eventos trataram de Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional

Publicada por Jose Nascimento em 01/11/2024 Atualizada há 5 dias, 10 horas

Representado por seu assessor de educação étnico-racial, Gilson Rodrigues Jr, o IFRN esteve presente em três atividades realizadas na Região Norte do Brasil. Entre os dias 30 e 31 de outubro, em Manaus, aconteceu o VI Seminário do Ensino Médio Integrado e o VI Simpósio de Educação de Jovens e Adultos Integrada à Educação Profissional (EJA - EPT).

A iniciativa, que propunha o fortalecimento da educação profissional e tecnológica (EPT) no contexto amazônico, trazia entre seus objetivos a discussão sobre acesso, permanência e êxito na Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM), além de formas de fortalecer o currículo integrado.

Como participante dos eventos, Gilson Jr. compôs, na manhã do dia 31, a mesa-redonda Acesso, Permanência e Êxito de Estudantes Cotistas", junto à Maria Lúcia Pacheco, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), tendo como mediadora Mara Suzenir Marcellino, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam).

Roda de conversa

Na noite do mesmo dia, houve a roda de conversa “Encruzilhadas epistemológicas: a universidade em face dos corpos-não- modernos”, evento realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Ufam.

O evento contou com a presença de alunos de pós-graduação em Antropologia graduando na Licenciatura em Ciências Sociais, professores do Programa de Antropologia e alunos de graduação de outros cursos, como Serviço Social, em sua maioria estudantes negras, negros e indígenas.

Durante a roda, o professor Gilson propôs uma reflexão sobre a presença de corpos não-modernos nos espaços acadêmicos, referindo-se aos corpos não-brancos que, carregados de "histórias, epistemologias e modos de existência", desafiam a "modernidade ocidental" ao ocupar e reconfigurar esses espaços. Para ele, tais corpos-territórios representam não apenas presenças físicas, mas também carregam simbolismos e vivências que entram em diálogo com relações de poder e alteram a lógica homogeneizante que marca os ambientes acadêmicos tradicionais.

Transformações

Gilson apontou que a implementação de políticas afirmativas, como as cotas e comissões de heteroidentificação, possibilitou uma inserção mais significativa desses corpos nos espaços universitários, levando a “transformações profundas” e abrindo caminhos para novas formas de identidade e pertencimento. Esse movimento, segundo o professor, desafia diretamente as práticas e concepções acadêmicas convencionais e, por isso, “impacta diversas áreas do conhecimento”, exigindo uma revisão crítica de métodos e abordagens científicas que até então desconsideravam a diversidade.

Palavras-chave:
Ufam Educação étnico-racial Ifam