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Dia do servidor público

Homenagem narra trajetórias de quem dedica uma vida à educação pública

Primeira reportagem traz as trajetórias de Francilene Pereira e Maria da Salete de Souza, duas servidoras do Campus Natal-Central

Publicada por Cecilia Melo em 31/10/2024 Atualizada há 3 horas, 9 minutos

No mês de celebração do Dia do Servidor Público, o Núcleo de Jornalismo (Nujor) da Reitoria do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) lança uma série especial sobre servidores que dedicam suas vidas ao desenvolvimento da educação pública e ao fortalecimento da instituição. A primeira reportagem da série narra as trajetórias de Francilene Pereira e Maria da Salete de Souza, duas servidoras da Coordenação de Administração Escolar (Coades) do Campus Natal-Central. Suas histórias se entrelaçam com as transformações do IFRN e refletem o compromisso com o Instituto, que conhecem desde o tempo em que era chamado de Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte (ETFRN).

Francilene Pereira da Silva ingressou no IFRN em 1987 como telefonista, cargo que ocupou por pouco tempo, até ser alocada no setor administrativo, devido à extinção da central telefônica. “Comecei no protocolo e acompanhei a transição do papel para o digital. Foi um desafio, pois muitos ainda queriam sair com o processo debaixo do braço. Hoje, com o Suap, tudo mudou, mas o aprendizado foi diário”, relembra.

Para Francilene, o amor pelo trabalho é o que a motiva: “Eu gosto do que faço, não é uma carga, é o que me faz feliz.” Ela destaca a necessidade de empatia para os novos profissionais: “Se coloque no lugar do outro. Como você gostaria de ser atendido naquela situação? É essencial. Aqui, o nome do IFRN tem um peso e espero que isso continue, que o Instituto sempre seja esse farol que ilumina tantas trajetórias.”

Francilene Pereira

Persistência e superação

A história de Maria da Salete de Souza no IFRN é marcada pela persistência. Servidora pública desde 1977, ela passou por outras instituições até chegar ao Instituto. “Na época, estava na delegacia do Ministério da Educação, que fechou. Pedi redistribuição para o IFRN para poder ficar perto da minha filha, que estava na creche próxima. Mas a aceitação foi difícil; não gostaram da redistribuição. No entanto, coloquei na cabeça que o IFRN era um paraíso, e entrei com essa ideia.”

Com 70 anos de idade e mais de 40 de serviço público, Salete acredita que a alegria de trabalhar nunca se perdeu: “Eu trabalho com a sensação dos meus 19 anos, quando comecei. Para mim, cada dia é um novo aprendizado.” Ela atribui sua vitalidade a uma visão positiva: “Aqui, é um ambiente acolhedor. Os alunos chegam assustados no início do ano, mas logo se adaptam e passam a amar o espaço. A cada semestre eles são diferentes, mas o carinho e a vontade de aprender sempre permanecem.”

Salete Souza

O papel transformador, valores e lições de vida

Francilene e Salete acreditam que os servidores têm uma missão: servir a cada estudante. Francilene comenta sobre o papel transformador do Instituto na vida dessas pessoas: “Quando os vejo crescer e aprender, é como se cada esforço meu ganhasse sentido.” Salete, com sua experiência no atendimento, reforça a importância de ver cada pessoa em sua singularidade: “Precisamos respeitar, investigar e entender a realidade deles. Saber quem são e o que enfrentam.”

O trabalho das servidoras, mesmo nos bastidores, é essencial para o bom funcionamento do Instituto. Para Salete, um ponto de orgulho é a igualdade entre estudantes. “Não importa se o aluno veio da escola pública ou particular. No IFRN, ele vai para a mesma sala, com as mesmas oportunidades de aprendizado. Esse é o nosso compromisso.”

Francilene aprendeu com o IFRN que cada direito vem com um dever. “Aqui, aprendi que respeitar os limites de cada pessoa é fundamental. Todos têm o direito de expressar suas necessidades, mas também devem ter consideração pelo espaço do outro.” Já Salete, com uma visão quase filosófica, reflete sobre o aprendizado diário e a empatia que desenvolveu: “Cada dia tem uma lição. Se você não aprende, você fica doente. A convivência nos ensina o valor de ser humano, de entender o outro. Para mim, todo mundo é diferente e, ao mesmo tempo, igual em sua essência.”

Salete e Francilene

O futuro

Ao serem questionadas sobre o futuro do IFRN, as duas são unânimes em desejar a continuidade do compromisso com a educação de qualidade. Francilene espera que o Instituto continue sendo uma referência para o Rio Grande do Norte. Salete reforça a necessidade de manter a qualidade e acessibilidade do ensino, respeitando e formando cidadãos comprometidos com a sociedade.

Essas histórias, a exemplo das próximas que comporão a série – trazem um pouco do espírito de dedicação percebido nas pessoas que fazem o IFRN. Nas palavras do reitor, professor José Arnóbio: “Celebrar o Dia do Servidor é reconhecer, com gratidão, o compromisso de quem constrói diariamente uma educação pública de excelência e transformação social. Sem dúvida, o IFRN não seria o mesmo sem essa força motriz que impulsiona nossa caminhada.”

Palavras-chave:
Campus Natal-Central Dia do servidor Especiais

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