Dia do servidor público
Homenagem conta as histórias de quem constrói há anos a instituição
Segunda reportagem traz as trajetórias de Valmir Lusana Fernandes e Salles da Silva, dois servidores do Campus Natal-Central
Publicada por Ester Macedo em 01/11/2024 ― Atualizada há 2 dias, 11 horas
No mês de celebração do Dia do Servidor Público, o Núcleo de Jornalismo (Nujor) da Reitoria do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) lança uma série especial sobre servidores que dedicam suas vidas ao desenvolvimento da educação pública e ao fortalecimento da instituição. A segunda reportagem da série conta as histórias de Valmir Lucena Fernandes e Salles da Silva, dois servidores que compõem a comunidade do Campus Natal-Central. Suas histórias se entrelaçam com as transformações do IFRN e refletem o compromisso com o Instituto, que conhecem desde o tempo em que era chamado de Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte (ETFRN).
Em 1990, o IFRN recebia Salles da Silva, um novo servidor que havia sido transferido de uma fundação. Tendo iniciado suas atividades na área administrativa, com muito trabalho e esforço alcançou a coordenação financeira do Instituto, até então com apenas sua unidade. Com mais de 30 anos de casa, Salles trabalhou em algumas áreas, sempre visando poder somar e melhorar o ambiente que tinha sido alocado.
Desde o primeiro dia de trabalho, o servidor já notou as diferenças entres as outras experiências profissionais: “eu vim de uma fundação que tinha um ambiente pequeno, até em número de servidores. Aqui nós somos grandes, aí eu senti o impacto, mais me adaptei", contou. O servidor ainda explicou que as diferenças não ficaram apenas nas estruturas ou nas dimensões, o IFRN se destacava por cuidar do acadêmico, do aluno.
Ao longo dos anos, Salles foi transferido da coordenação do financeiro para a coordenação do almoxarifado, e essa mudança foi de extrema importância para o setor de depósito: “aqui estava precisando de uma reforma geral, era muito precário, não tinha essas estantes, não tinha computador, não tinha nada quando eu cheguei por aqui, aí isso me envolveu demais, eu gosto de melhora e onde eu estou eu percebo que mudou, contou.
Sales não mudou apenas a estrutura, trouxe muitos conhecimentos sobre o financeiro também: “ninguém aqui sabia fazer pagamentos, envolver nota de empenho, pagar salário, pagar diária, eu já sabia na outra, que em 89 eu fui ao curso pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), daí eu passei a ser executor financeiro e orçamentário”, relatou.
Crescimento
O servidor público Valmir Lucena Fernandes teve a história marcada por esforços que o fizeram crescer, em especial dentro do IFRN. Chegou no Campus, há quase quatro décadas, com a função de vigilante.
Em 2010, com mais de cinquenta anos, Valmir não estava estacionado na carreira. Graças a um curso de Gestão Pública que o IFRN ofereceu para os seus servidores que não tinham formação superior, o vigilante conseguiu crescer e evoluir academicamente na instituição. ‘Isso marcou a minha história, um crescimento que a instituição deu pra gente. Essa iniciativa mostrou que o Instituto preza pela qualidade do servidor, e com esse curso eu melhorei minha qualidade para servir os alunos e ajudar outras pessoas também”, disse enquanto mostrava o anel de formatura.
Valores e aprendizados que marcam
Os servidores concordaram que o maior legado de valor e aprendizado é poder cuidar do aluno. “Enquanto trabalhei na Coordenação de Administração Escolar (Coades), passei anos lidando com alunos, foi um trabalho muito bom e proveitoso pra mim, pois a minha função na escola é vigilante, que é cuidar do patrimônio público, mas cuidar do aluno isso é o maior prazer que nós temos, contou Valmir”.
Amor pela instituição
Apesar de atuarem em setores diferentes, Salles e Valmir compartilham um profundo amor pelo IFRN. Ambos poderiam estar aposentados, mas a paixão pelo trabalho e pelos alunos os mantém ativos. “Fico aqui porque amo o que faço e a instituição, que é referência no Rio Grande do Norte”, disse Valmir. Salles acrescentou: “Adquiri o direito de me aposentar há quatro anos, mas prefiro continuar contribuindo”.
Futuro
Ao serem questionados sobre o futuro do IFRN, e talvez até um conselho para as próximas gerações de servidores da casa, ambos desejam que o brilho de se trabalhar continue, principalmente para manter a excelência com os estudantes: “precisamos sempre dessa capacidade de dar resposta à sociedade, com o treinar de nossos alunos para facilitar a entrada deles na universidade e depois no mercado de trabalho”.
Essas histórias, a exemplo das próximas que comporão a série – trazem um pouco do espírito de dedicação percebido nas pessoas que fazem o IFRN. Nas palavras do reitor, professor José Arnóbio: “Celebrar o Dia do Servidor é reconhecer, com gratidão, o compromisso de quem constrói diariamente uma educação pública de excelência e transformação social. Sem dúvida, o IFRN não seria o mesmo sem essa força motriz que impulsiona nossa caminhada.”
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- IFRN Dia dos servidores