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CAMPUS PARTY NATAL 2019

Professora do IFRN defende aliança entre ciências exatas e humanas

Palestra aconteceu no último domingo (18) e contou com a presença de ex-alunos do Instituto

Publicada em 23/08/2019 Atualizada há 1 ano

Ana Eliza, à direita, levou ex-alunos do IFRN para participar da conversa

“A gente decidiu falar, inicialmente, sobre a ideia da oposição entre a área de humanas e a área de exatas e tecnológicas. Problematizar como essa separação se dá e o quão ela é nociva para o desenvolvimento tanto da tecnologia quanto do pensamento”, afirmou Ana Eliza Trajano, professora de Sociologia do Campus Santa Cruz do IFRN. A professora, juntamente a Victória Laís Viana, Bryan Sousa e Renata Rayanne da Silva, que estudaram no Instituto, promoveram a palestra "Exatamente Humanas: dialogando sobre o fazer tecnológico", no último domingo (18), durante a segunda edição da Campus Party Natal.

A palestra partiu do mote de como as grandes redes de conhecimento proporcionaram a democratização. A professora, junto aos estudantes, apresentou resultados de sua pesquisa. De acordo com o que foi apresentado, as áreas das ciências humanas e das ciências exatas devem caminhar juntas e se desvencilhar da segregação construída ao longo do tempo. Também foram levantadas questões acerca de seu alcance e do uso da tecnologia para a otimização de processos do cotidiano. Ana, utilizando pensamentos de diversos intelectuais da antiguidade, mostrou que, mesmo à época, esses profissionais das mais diversas áreas não pensavam o conhecimento de forma separada. 

Pesquisa e resultados

A conversa também focou no fato de como as estruturas curriculares atuam como moduladoras do pensamento dos estudantes: “como o aluno vai pensar por ele mesmo se desde o início ele foi condicionado a pensar as coisas ‘dentro da caixa’?”, questionou a professora. Ainda segundo ela, as revoluções digitais recorrentes mostram que o conhecimento tem acelerado a nossa capacidade de revolucionar o desenvolvimento. “A partir de vivências que realizamos no ano de 2017, no Campus Mossoró do IFRN, a partir de um projeto de pesquisa, nós resolvemos trazer as problematizações que fizemos e apresentar algumas experiências que já existem para essa questão, de como isso acontece e o quão positivo é quando concretizado”, disse. 

Ideia já é realidade no IFRN 

“O próprio IFRN é um exemplo de como isso pode acontecer, a partir do momento que a gente fala do ensino integrado. Essa é uma das possibilidades, não é à toa que o projeto transcendeu as barreiras institucionais”, completou. De acordo com Ana Eliza, ainda há muito a caminhar, mas já existem coisas concretas, e isso é o mais animador: “a partir do momento em que os nossos alunos têm a possibilidade de ter acesso a essas variadas áreas, a partir de uma perspectiva crítica e reflexiva, eles vão dar continuidade [a essa ideia] porque a percepção vai ser desenvolvida por eles”, afirmou. “Não vai ser um professor que vai ensiná-lo a fazer esse pensamento de uma forma conjunta, eles vão criar autonomia partindo desse processo e o Instituto já promove essas experiências”, completou.

 
Palavras-chave:
ensino
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