O Campus é responsável por cinco de oito projetos do IFRN dentre os dezesseis que o Rio Grande do Norte levou este ano para a 12ª edição da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE), que acontece de 17 a 21 de março na Cidade Universitária da USP, em São Paulo/SP. Os trabalhos, cujos resultados têm repercutido positivamente em eventos dessa natureza, foram produzidos por quinze alunos do Curso Técnico Integrado em Eletrônica. 

Sob a coordenação do professor Roberto Lima, a pesquisa científica intitulada "Estudo de Adsorção em Quitosana, de Íons Cobre II Presentes na Água Produzida do Petróleo", desenvolvida pelos alunos Andrew Medeiros, Anderson Marques e Mário Neto, propõe o reaproveitamento da biomassa poluidora (lixo) oriunda de crustáceos, largamente encontrada no litoral potiguar, para remoção de metais tóxicos e pesados da água que acompanha a extração do petróleo. Em 2013, a equipe conquistou o Prêmio ABRIC (Associação Brasileira de Incentivo à Ciência) de Excelência em Iniciação Científica, durante a participação na Expo MILSET Brasil, feira tecnológica anual, que aconteceu em Fortaleza/CE e, como recompensa pelo desempenho na mostra, recebeu orientação para elaborar um artigo científico a ser publicado no periódico da associação, o Scientia Prima. 

Roberto também orienta um outro grupo de alunos pesquisadores. Andreon Souza, João Lucas e Douglas, Lima, que tiveram a primeira oportunidade de mostrar serviço na Mostratec, em outubro de 2013, no Rio Grande do Sul, apresentam na FEBRACE o "Estudo do Abrandamento da Água Salobra com Materiais de Baixo Custo - Uma Alternativa para o Nordeste". Considerando a problemática da disponibilidade de água de boa qualidade para consumo humano e irrigação na região Nordeste do Brasil, a pesquisa se propõe a analisar materiais oriundos de biomassa poluidora (a quitosana, neste caso) e a bentonítica, tipo de argila encontrada na região, como alternativas de baixo custo para o tratamento da água salobra, de modo a amenizar a situação de grande parte da população da região que sofre com fenômenos de estiagem por longos períodos.   

O projeto "Rosquinha Sustentável - Uma Alternativa Social para o Consumo de Energia no IFRN-ZN" tem uma meta ousada e economicamente viável: desenvolver uma unidade autônoma de fornecimento de energia elétrica, como produto da energia solar, por meio de painéis fotovoltaicos de baixo custo e de fácil montagem e manuseio nas "rosquinhas" da área de convivência do Campus. A ideia teve origem na necessidade, de alunos e visitantes do Instituto, de locais para carregar celulares e outros aparelhos eletrônicos utilizados no dia-a-dia. Sob a coordenação do professor Pedro Ivo Nascimento, a equipe de trabalho é composta pelos alunos Andrialex da Silva, Jessiely Oliveira e Taynara Lázaro.

O quarto trabalho é o objeto de estudo dos estudantes Guilherme Amaral, Victor Ribeiro e Marcones Júnior, orientados por Pedro Ivo. Diante do aumento dos consumidores de energia elétrica e da consequente elevação dos índices de exploração dos recursos naturais para dar conta do crescimento dessa demanda, a proposta do projeto "Sistema de Monitoramento Individual do Consumo de Energia Elétrica Residencial" é criar um sistema de monitoramento para que consumidores domésticos possam monitorar seu consumo ao tomar conhecimento do gasto real de cada aparelho, de forma que possam ter maior controle do consumo.

Também representa o Campus o "Green Wall", projeto que propõe melhorar a eficiência energética através do uso de um brise vegetal autossuficiente, dispositivo que serve como anteparo para as paredes e/ou janelas de edificações. A sua utilização evita que o excesso de radiação solar aqueça essas superfícies, melhorando a eficiência térmica de ambientes internos, e proporciona também o aumento da área verde em áreas urbanas ao ocupar espaços verticais com vegetação. A pesquisa está sendo desenvolvida pelos alunos Felipe Madureira, Jéssica Brasil e Maiany Alves e é orientada pelo professor Marcus Vinicius Fernandes.

Os autores dos melhores trabalhos ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado 200 prêmios. Também estarão concorrendo a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada de 11 a 16 de maio, em Los Angeles (EUA). O Brasil já acumula 34 premiações nesta feira.