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III JORDAI

Jornada de acessibilidade e inclusão chega ao fim com resultados positivos

Cerca de 700 pessoas visitaram evento que contou com minicursos, oficinas e atividades culturais

Publicada em 26/10/2017 Atualizada há 1 ano

Mesas-redondas atraíram a atenção do público durante a III Jornada de Diálogos sobre Acessibilidade e Inclusão

O Campus Santa Cruz encerrou, na última sexta-feira (20), a III Jornada de Diálogos sobre Acessibilidade e Inclusão (Jordai). O evento reuniu durante três dias cerca de 700 visitantes entre profissionais que atuam nas áreas de educação, saúde e em centros de atendimento especializados da região, além de assistentes sociais e familiares de pessoas com deficiência que de alguma forma vivenciam a inclusão, seja cuidando de alguém ou sob cuidados.

 

Oficinas para todos os gostos

A Jornada contou com várias atividades em sua programação, incluindo oficinas sobre braile, libras, desenho e cegueira, audiodescrição, música, ensino de português para surdos, práticas esportivas para inclusão de deficientes visuais e, inclusive, uma sobre construção de jogos matemáticos para pessoas com deficiência. 

"A nossa oficina se propôs a apresentar aos visitantes o Laboratório de Educação Matemática Inclusiva, onde exibimos jogos como dama e jogo da velha adaptados para cegos e outros voltados para construção de cálculos e operações matemáticas, voltados, também, para pessoas com lesões motoras", explicou Sônia Maria Sousa, aluna do Curso de Licenciatura em Matemática. 

Renata Costa, do curso e da oficina, descobriu-se no campo de educação inclusiva ao observar que jogos matemáticos estavam auxiliando na melhora do quadro de paralisia cerebral de uma pessoa da família. Na sua visão, o suporte institucional tem sido fundamental para o sucesso desta e outras ações inclusivas. "Temos recebido apoio do Campus, que nos ajuda em questões de transporte, orientação acadêmica e espaço para realizar as atividades de um trabalho desta natureza que é muito fascinante", revelou.

 

Inclusão e troca de experiências nas mesas-redondas

As mesas-redondas também atraíram a atenção do público durante a III Jordai. Para Esaú Fernandes, professor auxiliar de Educação Especial de uma escola do município de Tangará, elas foram excelentes para ampliar os conhecimentos dos participantes. "Ao discutir conceitos, foram criadas novas direções para determinadas ideias sobre o olhar da pessoa que 'cuida', como também uma reflexão em torno de quem é 'cuidado'. Além disso, as pessoas tiveram oportunidade de expor suas opiniões, o que agregou mais valor àqueles momentos", disse.

Na visão do educador, as atividades da qual participou foram fundamentais para desempenhar melhor a sua função em sala de aula. "Pude aprender, de fato, até onde e como devo agir no exercício da minha profissão, assim como entender o papel de cada um de nós no processo de ensino-aprendizagem, dando ênfase não somente à questão do aluno com deficiência, mas à instituição escolar como um todo", completou.

 

União de esforços e sucesso da Jornada

Segundo Samira Delgado, diretora-geral do Campus, realizar um evento desta natureza representa sempre o esforço de uma equipe engajada em efetivar a inclusão em todos os seus aspectos. "Muito se fala na necessidade de inclusão, e muito se teoriza a respeito, mas é necessário que tomemos atitudes propositivas em relação à efetiva discussão e formação dos profissionais de um modo geral, de modo a termos condições de torná-la uma realidade. Assim, a realização desta Jornada representa, pela terceira vez, mais um passo no caminho da inclusão, não só no âmbito do IFRN, mas no de toda a região", comentou.

A III Jordai é uma realização do Campus, por meio do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas - NAPNE, em parceria com instituições públicas e privadas.