Nos preparativos para homenagear os estudantes-atletas e servidores que participaram dos Jogos dos Institutos Federais 2017, compartilhamos agora a história de Hyan Paulo. 

Para ele, o atletismo, além de paixão, é hábito de família: “não conhecia a prática do esporte até entra no IFRN. Hoje em dia, até meu pai arrastei para correr comigo”, diz. O atleta, ouro na final nacional dos 5.000 metros, está no quarto ano do curso técnico de mecânica, na modalidade integrado ao ensino médio e é aluno do Campus Natal-Central. A medalha conquistada em Poços de Caldas tem como pano de fundo uma história de superação e é a coroação de uma trajetória de esforço e dedicação.

“Na Regional de 2016, em João Pessoa, passei mal nas semifinais. Cruzei a linha de chegada com a vista escurecendo e quase desmaiei na pista. A equipe médica da competição me atendeu e ali mesmo eu soube que havia algo errado com meu coração”, narrou Hyan. O atendimento trouxe uma lição de vida para o atleta: “eu estava um pouco gripado e tomei medicação por conta própria, o que todo mundo faz. Só que o remédio interferiu nos meus batimentos cardíacos. A médica me proibiu de correr a final, disse que era arriscado demais”.

Em Minas, um Hyan diferente correu as provas: “aprendi minha lição. Deu uma tristeza e decepção de 2016 saiu a alegria da medalha de 2017. Foi um ano de aprendizado e muito treino”, ressalta. Esse aprendizado já rompeu as barreiras do IFRN, levando o jovem de 18 anos a participar de corridas de rua, como atleta amador: “o atletismo é minha vida. Desde que eu, por brincadeira, treinei a primeira vez, foi amor. Antes eu pensava no futebol, agora só quero treinar e treinar para ser melhor na minha modalidade. Hoje, além do IFRN, treino para as corridas de rua, junto com meu pai, que antes era sedentário”, finaliza o estudante.