A Comissão Fulbright Brasil, em parceria com a Assessoria de Relações Internacionais do IFRN, realizou nesta terça e quarta-feira, 21 e 22 de janeiro, as entrevistas do processo seletivo para bolsas de estudos em faculdades de tecnologia dos Estados Unidos, conhecidas como Community Colleges. Luiz Valcov Loureiro, diretor executivo da Comissão, e Camila Menezes, coordenadora, foram os responsáveis por entrevistar os 19 estudantes aprovados na primeira fase da seleção, o teste de proficiência em Inglês Toefl IT.

Ao todo, são oferecidas 12 vagas, todas direcionadas a alunos do IFRN. Segundo o diretor executivo da Comissão, esta é a segunda vez que as bolsas são voltadas para uma instituição em particular. A primeira foi em 2014, quando foram selecionados alunos da Fatec São Paulo. "Já fizemos seleções nacionais com mais de 200 candidatos inscritos. O objetivo desse novo procedimento é garantir mais eficiência ao processo seletivo", declarou.

Para o assessor de Relações Internacionais do IFRN, Marcelo Camilo, a escolha das instituições leva em consideração também a tradição criada em outras edições do programa. "Cerca de 50 estudantes do IFRN já foram selecionados pela Comissão, todos com desempenho de excelência", afirma o assessor. 

Participam da seleção alunos dos cursos de tecnologia em Comércio Exterior; Gestão Ambiental; Gestão Desportiva e de Lazer; Gestão Pública e Produção Cultural. De acordo com Luiz Loureiro, a intenção é oferecer oportunidades em áreas não contempladas pelo Ciência sem Fronteiras. 

Marcela Regina Sarmento e Alef Müller Souza fazem o curso de Comércio Exterior no Campus Natal-Central do IFRN e foram entrevistados na tarde desta quarta-feira (22). Para os estudantes, apesar da expectativa para o resultado, que será divulgado em abril, o clima é de ajuda mútua entre os candidatos. "Um ajuda o outro, dá apoio psicológico, passa informações. É uma oportunidade muito importante para nós", destacou Marcela. 

Alef declarou que uma das principais motivações para concorrer à vaga foi a perspectiva de ter o contato com uma formação mais voltada à prática, o que enriquecerá seu currículo. "Quando entramos no curso já tínhamos conhecimento da oportunidade. O professor Marcelo Camilo também está sendo muito importante, orientando todos os candidatos e acompanhando o processo", completou o estudante.

De acordo com Luiz Loureiro, a seleção se dá por meio de critério objetivos, como formação acadêmica, nível de proficiência em inglês etc., avaliados na documentação do candidato, mas também por meio de itens mais subjetivos, avaliados na entrevista. “Procuramos identificar a maturidade dos candidatos para formular e expressar o que querem fazer e como, além do equilíbrio emocional para conseguirem se adaptar a um ambiente estranho, onde ficarão longe da família. Outro ponto importante para a Fulbright é dar oportunidade aos que, sem a bolsa, não teriam condições de custear um intercâmbio desse tipo. “Um dos nossos objetivos é fornecer oportunidade de inclusão”, confirmou Camila.

A Comissão Fulbright busca promover a internacionalização nos Community Colleges, instituições americanas de ensino tecnólogo que oferecem uma outra via de acesso ao ensino superior que não as universidades. Os alunos do IFRN selecionados nesta edição do programa devem viajar no mês de julho deste ano, quando darão início a um curso intensivo de inglês, antes das aulas iniciarem.