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Estudos hispânicos

Campus sedia até sexta (25) o VII Congresso Nordestino de Espanhol

Abertura foi marcada por homenagem à fundadora do curso de Espanhol no CNAT

Publicada em 22/05/2018 Atualizada há 1 ano

Mesa de autoridades na abertura. Abaixo, a reitora faz a entrega de comenda à profa. Ana Beatriz Perez. Fotos: Jônatas Moura

A reitora em exercício, Régia Lúcia Lopes, o diretor geral do Campus Natal-Central, José Arnóbio de Araújo Filho, e o assessor de Relações Internacionais do IFRN, Marcelo Camilo, abriram, na manhã desta terça (22), o VII Congresso Nordestino de Espanhol, em cuja edição se discutem as “Políticas linguísticas para os estudos hispânicos no Brasil”.

O evento teve cerca de 500 inscritos, entre professores, estudantes e pesquisadores dos Institutos Federais do Nordeste e de outros Estados, que, até a próxima sexta-feira (25), participam de mesas-redondas, palestras, oficinas, simpósios temáticos e sessões de comunicação, em diversos ambientes do campus.

As críticas à medida provisória promulgada em fevereiro de 2017 que retirou a obrigatoriedade do ensino de espanhol no ensino médio, bem como a constatação de que o Brasil passou anos dando às costas aos países vizinhos, de língua hispânica, foram as colocações mais ressaltadas nas falas das autoridades.

Por sua vez, o conselheiro de Educação da embaixada da Espanha em Brasília, Pedro Cortegoso Fernández, presente à cerimônia de abertura, manifestou otimismo quanto ao crescimento do ensino de espanhol no país, enfatizando o apoio dado pela agência para impulsionar a formação de professores e facilitar o acesso à certificação de candidatos ao diploma de proficiência em Espanhol como Língua Estrangeira – o DELE.

Coordenado pelo professor Miguel Linhares (IFRN/Currais Novos), atual presidente da Associação dos Professores de Espanhol do Rio Grande do Norte (APELE/RN), o Congresso foi aberto com uma homenagem à professora, recém-aposentada, Ana Beatriz Perez Cabrera Mafra Barreto, que iniciou docência na antiga ETFRN, em 1994, lecionando espanhol no curso técnico de Turismo e, em 1997, fundou, junto com Marcelo Camilo, e outros professores, o curso de licenciatura em Espanhol oferecido pelo IFRN/CNAT. ana beatriz perez

Escolhido para prestar a homenagem à Ana Beatriz Perez, o professor Marcelo Camilo ressaltou o papel dela na construção e implantação da referida licenciatura, além de sua atuação como sócia-fundadora e ex-presidente da Associação de Professores de Espanhol. “Se hoje estamos aqui ligados por este congresso é graças ao pioneirismo dessa mulher, que sonhou, discutiu e concebeu a formação de professores em espanhol na nossa instituição”. Emocionada pela comenda recebida, Ana Beatriz afirmou que “tudo se construiu com a ajuda de muitos”, e que sua trajetória nesta escola resultou da combinação de “três pilares: pesquisa, inovação e docência”. 

Em sua conferência de abertura, a profa. Talia Bugel, da Indiana University, traçou um panorama do ensino de Espanhol no Brasil, admitindo que houve muita intervenção espanhola, por meio das agências estrangeiras, na obrigatoriedade desse idioma no sistema escolar do país, marcado pelo aspecto mercadológico e instrumental. Ressaltou que, anos depois, uma reflexão crítica possibilitou pensar no ensino de espanhol dentro de políticas linguísticas de integração latino-americana, em função de ideias como comunidade e identidade. “Nos anos 90, não havia formação de professores em espanhol. Quem ensinava eram os estudantes do idioma ou nativos da língua. Se nos limitarmos à essa abordagem mercantilista, estaremos enganando nossos alunos. Precisamos pensar para que e para quem ensinamos espanhol”, argumentou.

Acompanhe a programação no site do evento.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa

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