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Capacitação Internacional

Servidores do IFRN deverão ter oferta de mestrado em universidade portuguesa

Docentes e técnicos-administrativos poderão ser contemplados com, no minimo, 132 vagas

Publicada em 17/02/2017 Atualizada há 1 ano

Com o intuito de estreitar seus laços acadêmicos e na perspectiva de fazer um levantamento de dados, uma avaliação do que já foi produzido e, por fim, para se discutir os novos rumos da cooperação que une as instituições, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) recebeu uma delegação da Universidade do Minho (Uminho), de Portugal. Ainda integrou a comitiva um representante da Universidade de Cabo Verde, país africano de língua portuguesa. A delegação esteve no RN por quase uma semana e, entre reuniões, palestras e visitas técnicas, propôs-se a renovar protocolos de doutoramento e ampliou a relação de cooperação mantida com o IFRN: a partir de outubro de 2017, mais de 130 vagas de mestrado poderão ser ofertadas para servidores do Instituto.

Para o professor Márcio Azevedo, Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, essa novidade é mais uma das ferramentas com a qual o Instituto se estrutura para capacitar seus servidores e ampliar sua presença na comunidade acadêmica internacional. “Após a expansão física do IFRN, agora vamos expandir os horizontes das mentes e aumentar o alcance de nossas ações acadêmicas e institucionais”, disse ele.

Deve ficar com o professor Belchior Oliveira, atual ouvidor do Instituto, a coordenação do Programa de Mestrado com a UMinho. Para Belchior, reitor à época da assinatura do primeiro convênio, “a instituição está fazendo um investimento por acreditar que essa é a melhor forma de promover o crescimento das pessoas, capacitando-as e fazendo crescer, também, o IFRN”. Em entrevista, ele deu detalhes sobre a possível ampliação do convênio.

1 Para contextualizar a presença da delegação da Universidade do Minho no IFRN, como caracterizaria a relevância dessa visita?

Esse momento foi interessante porque, pela primeira vez, recebemos um dirigente de cada uma das quatro escolas que fazem parte do programa de doutoramento que aquela instituição mantém com o IFRN desde 2011. Estiveram no Instituto os professores José Pacheco, presidente da Escola de Educação da UMinho e Bento Silva, que é o coordenador do programa do convênio com o IFRN; recebemos o professor Antônio Correia, vice-presidente da Escola de Engenharia e Antônio Maurício, da Escola de Ciências (voltada às áreas de biologia, física e química). Vieram ainda a professora Emília Araújo, que é vice-presidente do Instituto de Ciências Sociais e diretora do mestrado em Sociologia, e a professora Carla Martins, Pró-Reitora de Internacionalização do Ensino, que representou o Reitor da universidade, o professor Antônio Cunha.

A vinda deles ao Instituto tem ligação direta com a avaliação das atividades em curso. Com muitas defesas previstas para 2017, a intenção era fazer o levantamento de interessados em nova adesão. Dialogar com os doutorandos e fazer um balanço do programa também estava na meta inicial do grupo de professores.

Poderia falar sobre a proposta de mestrado a ser ofertado para servidores do Instituto?

Ampliação. Essa é a palavra. A implantação de um novo protocolo, agora de mestrado, contemplará, prioritariamente, técnicos administrativos. Verificamos mais de 80% dos servidores dessa categoria estão sem mestrado. A ideia é implantar, ainda para 2017, programas para as quatro escolas – Escola de Educação, Escola de Engenharia, Escola de Ciências e o Instituto de Ciências Sociais – com a perspectiva de adesão de outras escolas das 11 que compõem a UMinho.

E as vagas, já foram definidas?

Ainda estamos em construção do programa e nossos visitantes acabaram de voltar a Portugal. Assim, muito ainda está por definir, pois as escolas têm de ver sua real capacidade de oferta. Confirmadas, temos a disponibilidade de 112 vagas para escolas de Educação e a perspectiva de 25 vagas para mestrado na Escola de Engenharia, com definição das áreas (ver quadro no fim da matéria).

Como serão as aulas?

Formatadas no modelo presencial online, as aulas serão realizadas por videoconferência nas sextas à tarde e aos sábados pela manhã e vão funcionar da seguinte maneira: na hora marcada, o professor, em Portugal, entrará com o link ao vivo. No IFRN ou em casa, o docente ou técnico-administrativo deverá estar conectado. Mesmo com o protocolo ainda em construção, sabemos que, no mínimo, serão três anos de entrada no programa e que o mestrado terá dois anos de duração. O início das aulas obedecerá ao calendário de Portugal com o primeiro semestre compreendido entre outubro de 2017 e janeiro de 2018 e o segundo semestre estendendo-se de março a junho de 2018.

No primeiro ano do Programa, o mestrando frequentará o espaço virtual do curso, onde manterá o diálogo aberto por videoconferência e será exigida a presença/frequência. Ali, as dúvidas e orientações terão espaço de interlocução online. Caso surja a necessidade, veremos como proceder para disponibilizar os espaços do instituto para os servidores que precisarem dos serviços de Tecnologia de Informática (TI) para conexão. Somente no início do segundo ano do programa é que o aluno deverá apresentar seu Projeto de Dissertação de Mestrado. Assim, em outubro de 2018 acontecerá a entrega do projeto e o começo da escrita. A dissertação em si deverá ser depositada em outubro de 2019; a defesa, provavelmente, deverá ser marcada para início de 2020.

Quem pode participar e quais as exigências?

As vagas de mestrado terão dois focos: docentes e técnicos-administrativos, com programas exclusivos. Com candidaturas a serem abertas provavelmente em junho de 2017, os interessados deverão ficar atentos aos prazos e à documentação para a seleção, de total responsabilidade da UMinho. Já estão definidos que o currículo lattes, a cópia do diploma da graduação, cópia do RG ou do passaporte serão indispensáveis à inscrição. Discute-se, ainda a exigência de uma declaração da DIGPE sobre tempo de serviço de cada servidor, para que aquele que tenha mais tempo na Instituição tenha preferência na seleção. Não há impedimento para quem está em estágio probatório. Os docentes terão de comprovar licenciatura nas áreas correlatas.

Quanto às exigências, temos algumas diretrizes já definidas: como o mestrando só vai a Portugal para fazer a defesa de sua dissertação, ao IFRN caberá uma ajuda de custo (com valor a ser definido) para um período de 15 dias e o custeio das passagens de ida e volta. O aluno/servidor arcará com os valores das anuidades do curso, que são duas, tendo em vista ser de dois anos a duração do programa para cada turma. O pagamento deverá ser feito no início de cada período letivo. A UMinho declarou que o valor de cada anuidade é de €1.375, mas esse valor está sendo negociado entre a universidade e o IFRN, numa força-tarefa dos professores Márcio Azevedo (pró-reitor de Pesquisa e Inovação) e Wyllys Tabosa (reitor do Instituto). O valor da inscrição é de €26.

 

Vagas

Escola de Engenharia

Área

Público alvo

Vagas

Sistemas da Informação

Téc. ddministrativos

25

Escola de Educação

Área

Público alvo

Vagas

Supervisão pedagógica para educação em Ciências

Docentes

16

Supervisão pedagógica para educação em Línguas

Docentes

16

Supervisão pedagógica para educação em Matemática

Docentes

16

Administração educacional

Téc. Administrativos

16

Desenvolvimento curricular e avaliação

Téc. Administrativos

16

Sociologia da educação e políticas educativas

Téc. Administrativos

16

Tecnologia educativa

Téc. Administrativos

16

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
servidores

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