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CAMPUS NATAL-ZONA NORTE

Retorno e desafios para o futuro do Projeto Crab

Após reconhecimento em programa televisivo, o objetivo é ir ainda mais além

Publicada em 25/06/2018 Atualizada há 1 ano

Teste do Crab na Praia do Forte, com turma de Gestão Pública

Desenvolvido pelos alunos do curso técnico integrado em Eletrônica Iago Souza e Maraysa Araújo, do Campus Natal-Zona Norte, e com orientação dos professores João Teixeira e Arthur Salgado, o projeto Crab (caranguejo, em inglês) ainda rende resultados satisfatórios. Após participação histórica no quadro Jovens Inventores do Programa Caldeirão do Huck, em 2015, os alunos conquistaram o prêmio de 30 mil reais, e, desde então, toda a equipe responsável pelo experimento investiu em melhorias.

O mini-protótipo Crab foi idealizado e produzido pelos alunos como resultado de pesquisa desenvolvida na parceria do IFRN com a Universidade Petrobras, através do Programa de Formação de Recursos Humanos (PFRH). O robô, que é movido a energia solar, tem como intuito ajudar usuários de cadeiras de rodas a passearem na areia da praia. Na época, Maraysa destacou que, dali em diante, o grupo aplicaria o valor conquistado na construção do veículo em maior escala.

A princípio, o robô era dividido em três partes: estrutura (uma base, com quatro pilares que sustentam os painéis e uma rampa para o acesso do cadeirante), mecânica (os motores, a engrenagem e as esteiras que são conectadas a ela) e eletrônica (desde o painel solar à conversão da energia luminosa em energia elétrica e a alimentação dos motores). Com o dinheiro ganho no Caldeirão do Huck, foi possível adicionar mais baterias ao veículo, além de implementar seu controlador e carregador - tudo isso envolve a integração dos módulos fotovoltaicos, que vão carregar as baterias quando o sol estiver disponível.

Visando à garantia da segurança do cadeirante que for usar o veículo, João Teixeira, um dos professores orientadores do projeto, destaca também a integração dos controladores soft start (início suave, em inglês), uma vez que, caso não se trabalhe com essa ferramenta, o usuário pode cair do veículo. No último dia 15 de junho, na Praia do Forte, o aluno Pedro Nogueira, graduando em Gestão Pública do Campus Natal Central, foi convidado para testar o veículo e saiu satisfeito.

Os próximos passos do projeto consistem em sua divulgação: “queremos ver se, agora no segundo semestre, criamos uma agenda com exposições do veículo aqui em Natal, um dia na Praia dos Artistas e outro em Ponta Negra, mas ainda precisamos articular tudo”, afirma Teixeira. Ainda sobre o futuro, Arthur Salgado, segundo professor orientador, comenta sobre a necessidade de incentivo financeiro e também da participação em editais para incentivo de projetos como o Crab, com mobilidade. “A gente tem divulgado também em eventos científicos nacionais e internacionais, na tentativa de mostrar o que a gente está fazendo, academicamente”, complementa.

Retorno positivo

Salgado diz que houve muito retorno positivo no início do projeto, por parte da população, da mídia e nas redes sociais, após a veiculação no Caldeirão do Huck. Já Pedro, discente que testou o Crab, agradeceu aos envolvidos e deu um feedback extremamente emocionado e positivo: “Deixou minha cabeça ‘meio louca’, porque eu não esperava uma experiência dessas. Na verdade, eu achava meio impossível, meio dificultoso chegar na praia, no geral. Eu moro do lado da praia, mas eu quase nunca vou, pela dificuldade. Então minha cabeça está fervilhando de ideias. Eu quero escrever sobre a experiência de hoje, a partir da próxima semana eu vou começar a alinhar algumas coisas e eu já estou pensando em algo amplo, que é tratar da acessibilidade dos pontos turísticos do Rio Grande do Norte”.

“A gente vê que o projeto tem caminhado bem, tem evoluído”, conta Arthur. “Esperamos que tenha no futuro resultados ainda melhores, porque a gente espera realmente que isso vá às praias e que consigamos complementar o veículo para que possa ser utilizado”, conclui.

Palavras-chave:
ensino
pesquisa

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