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Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica do IFRN participa de evento voltado à prática de pesquisa

II Seminário de Inovação Tecnológica em Saúde discutiu ética, sigilo e integridade da pesquisa

Publicada em 11/07/2019 Atualizada há 1 ano

Palestra aconteceu nesta quarta-feira, 10, no auditório da Faculdade de Farmácia da UFRN

Estudantes e pesquisadores assistiram, nesta quarta-feira, 10, a abertura do II Seminário de Inovação Tecnológica em Saúde promovido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais - UFRN), com apoio do Núcleo Avançado de Inovação Tecnológica (Navi - IFRN). 

Na ocasião, o palestrante e professor Carlos Alberto Oliveira discutiu ética, sigilo e integridade da pesquisa, com o intuito de difundir essa prática dentro do Lais e dos Hospitais Universitários, além de debater quais os princípios éticos que devem nortear uma pesquisa. “Foi um momento muito bom para quem quer seguir na área, nós aprendemos sobre a importância de combater o plágio, de respeitar as diversas normas e de não nos calarmos diante das irregularidades”, disse a estudante de 17 anos, Beatriz Ribeiro, bolsista do Navi. Segundo o palestrante, é necessário discutir de forma pedagógica sobre o conceito e nuances de uma pesquisa. “Muita gente não conhece o conceito de plágio pois, no Brasil, dificilmente tratamos a pesquisa de forma didática. É essencial que ainda na educação básica seja ensinado sobre integridade, critérios, princípios e a condução responsável de uma pesquisa”. 

O evento buscou ainda apresentar aos alunos e pesquisadores as normas e princípios éticos, de sigilo e integridade que devem nortear os pesquisadores, como a Resolução nº 510 de 7/4/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), homologada pelo Ministro da Saúde. O documento, primeira norma brasileira voltada ao tema, trata das especificidades éticas das pesquisas nas Ciências Humanas e Sociais e de outras que se utilizam de metodologias próprias da área (Resolução CHS).

Discussões

Uma das discussões levantadas pelos participantes, foi a diferença entre a legislação brasileira, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada pelo governo brasileiro que entrou em vigor a partir de 2019, e a vigente na União Europeia, a General Data Protection Regulation (GDPR). “Ficar ciente de todas as normas e regras é muito importante para que nosso trabalho seja efetivo e tenha impactos positivos na sociedade, pois se houverem erros, uma pesquisa pode prejudicar muito a sociedade. Não existe pesquisa sem riscos, portanto temos que ficar muito atentos com os dados, com quem nós estamos trabalhando e quais são os propósitos”, disse Douglas Lemos, que é bolsista da escola de programação do Lais e participou do seminário. 

Integridade

De acordo com Carlos Alberto, a integridade da pesquisa científica deve basear-se nos valores fundamentais para comunidade científica internacional: honestidade, confiança, justiça, respeito e responsabilidade. "A honestidade se refere aos dados, aos resultados e a todas as ações decorrentes do ato de pesquisar. A confiança está presente na relação entre os próprios membros da equipe de pesquisa, na relação entre o pesquisador e os participantes da pesquisa, na garantia da confidencialidade das informações, na relação entre a comunidade científica e a sociedade, disse.

"A justiça garante que a constatação de uma diferença não gera um comportamento discriminatório por parte dos cientistas em relação às pessoas pesquisadas que fazem parte desse grupo. O respeito, decorrente do valor da justiça, se evidencia quando um pesquisador tem uma atitude adequada perante todas as pessoas que se relacionam às atividades de pesquisa. Finalmente, a responsabilidade é essencial às ações desempenhadas por todos os membros da equipe de pesquisa e recai, de forma mais abrangente para o pesquisador principal, que assume esse valor em toda a sua extensão", complementou. 

Palavras-chave:
ensino
pesquisa

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