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SECITEX

Mostras apresentam propostas para desenvolvimento

Trabalhos de alunos de vários campi do IFRN trazem inovação tecnológica e empreendedorismo

Publicada em 31/10/2018 Atualizada há 12 meses

Foogão solar desenvolvido por estudantes do Campus Santa Cruz. Foto: Luiza Kalyne (projeto 50 mm, Campus Natal-Cidade Alta)

Por Gabriela Severiano (estagiária, Reitoria)

Na Mostra Tecnológica da Secitex, alunos de vários campi do IFRN têm a oportunidade de apresentar os trabalhos desenvolvidos nos seus cursos. As propostas envolvem tecnologia, empreendedorismo, esportes e artes com um olhar voltado à redução de desigualdades, tema da Secitex 2018.

Esse é o caso da Incubadora para Fortalecimento dos Empreendimentos Econômicos Solidários do IFRN (IFSOL) do Campus Natal-Zona Norte (ZN), que presta serviços para negócios solidários. A aluna Karoline Araújo, do Curso Superior de Tecnologia em Marketing explica como são realizados os trabalhos: "A gente trabalha prestando assessoria, criando diagnósticos, planos de ação para que possa criar uma identidade visual para o produto, elaborar o marketing afetivo". O trabalho é realizado junto a negócios do Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Cecafes), a aluna complementa os objetivos dos serviços prestados aos comerciantes, mencionando a importância das estratégias levadas por eles.  "Queremos que o consumidor que vá à Cecafes não olhe somente o produto, mas que ele saiba que tem uma história por trás daquilo ali, daquele produtor, que ele depende daquela renda e que o consumidor possa ter consciência disso. E não só para o consumidor, o produtor também deve ter entender a importância do marketing, de criar uma marca, ter uma identidade visual e fazer com que as pessoas compreendam o produto dele". 

Ferramentas tecnológicas

O uso de ferramentas tecnológicas para produzir avanço também é o tema no trabalho de outros alunos. Como os projetos envolvendo o Building Information Model (BIM) usado por alunos do Curso Técnico de Edificações do Campus Natal - Central apresentados na mostra. 

"A gente trouxe alguns programas que são dessa modelagem BIM. Aqui nós trabalhamos com o Revit e o Naviswork, que são dois softwares que trabalham com essa ferramenta. Eles são utilizados na engenharia para o processo de projetos, que nos permitem modelar toda a construção de uma casa", explicou o aluno Fabiano Brasselotti, do Curso superior de Construção de Edifícios do Campus Natal - Central. Ele mencionou as formas 2D, 3D, 4D, 5D. 6D, e 7D, onde cada uma se refere a um aspecto diferente da construção de uma obra; a 2D e a 3D são as principais usadas pelo BIM para a modelagem. 

"5D foi justamente o que a gente trouxe hoje através da plataforma Revit (que faz uso do BIM), a gente pegou nosso projeto, modelou-e, a partir disso, conseguiu quantificá-lo: tudo o que eu precisava, em que quantidade e quanto eu teria que pagar por ele. O 6D se refere á sustentabilidade e o 7D à manutenção após construção", disse a aluna Karine Morais, do Curso de Técnico de Edificações do Campus Natal - Central, mostrando como o seu projeto havia se beneficiado da tecnologia BIM. 

Redução de desigualdades

"Os projetos (apresentados na Mostra) foram concebidos na perspectiva das localidades de cada campus. Existem projetos do Trairi, do sertão potiguar, do Auto-Oeste focados nas problemáticas de cada região. Essa é uma características das mostras apresentadas pelo IFRN: os alunos estão conseguindo perceber os problemas, as dificuldades deles e propondo soluções tecnológicas", disse o professor João Teixeira, diretor de Inovação do IFRN, apontando a contribuição da Mostra para a redução de desigualdades. João também elogiou o potencial dos protótipos desenvolvido pelos alunos: "Os projetos têm protótipos que estão em desenvolvimento, mas que têm uma capacidade muito grande de se evoluir para produtos que possam chegar à sociedade", disse.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa

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