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RECONHECIMENTO

Projeto CRAB representa o Brasil em evento na Austrália

Reconhecido internacionalmente, maturidade do projeto foi elogiada na WFCP 2018, que aconteceu em Melbourne

Publicada em 17/10/2018 Atualizada há 1 ano

Shyamal Majumdar, professor do Instituto Nacional de Tecnologia Rourkela (NITR) da Índia, elogiou o projeto

O IFRN teve um projeto apresentado na Federação Mundial de Colleges e Politécnicos (WFCP) 2018, que aconteceu de 8 a 10 de outubro, em Melbourne, na Austrália. O trabalho, desenvolvido pelos alunos do curso técnico integrado em Eletrônica Iago Souza e Maraysa Araújo, do Campus Natal-Zona Norte, sob orientação dos professores João Teixeira e Arthur Salgado, foi selecionado na 42ª edição da Reunião anual dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica (Reditec), em setembro deste ano. João expôs o protótipo do Crab (caranguejo, em inglês) na Tenda Tecnológica, evento paralelo à reunião, e obteve o credenciamento.

João, que também é diretor de Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi) do Instituto, relata que o projeto foi bem visto, principalmente devido ao seu caráter inovador, que consiste na independência possibilitada ao cadeirante em se locomover na praia: “[o Crab] é uma solução que nós conseguimos desenvolver, para viabilizar a livre locomoção do cadeirante na praia, sem a ajuda de ninguém”, comenta. 

Interesse em ultrapassar os limites nacionais

De acordo com o professor, algumas instituições de educação e pesquisa mostraram interesse em iniciar uma conversa para que possam investir no projeto e levá-lo para as praias australianas. “O grande diferencial do Crab ter conseguido tanto ir para esse evento em Melbourne, na Austrália, quanto a eles quererem investir nele de alguma forma, é que ele é patenteado”, afirma. A patente foi depositada pela Propi, através de edital de fomento à propriedade intelectual, que possibilitou a ação. Atualmente, a Pró-Reitoria trabalha para a emissão do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), uma forma de gerar um registro de propriedade intelectual internacional, que, provavelmente, possibilitará a transferência da tecnologia para que ela possa ser utilizada fora do Brasil.

Maturidade do Projeto Crab

Classificando a experiência como “muito boa”, João destaca o contato com representações de todo o mundo, na área de educação profissional e tecnológica, a exemplo do presidente do Centro Internacional de Educação Tecnológica (CIET), do Centro especializado em educação e treinamento técnico e vocacional (Unevoc) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Shyamal Majumdar, que, atualmente, é professor do Instituto Nacional de Tecnologia Rourkela (NITR) da Índia. “Ele é um dos grandes professores nessa área, tem um conhecimento muito específico voltado à produção de tecnologia proveniente da educação científica e profissional, que é muito importante”, aponta. “Ele elogiou bastante o projeto, e até falou da possibilidade da apresentação dele para que a gente consiga mais parcerias em outros países”, completa. 

Estiveram presentes no evento, também, os reitores do Instituto Federal Fluminense (IFF), o professor Jefferson Manhães, e o reitor do IFB (Instituto Federal de Brasília), o professor Wilson Conciani. “O professor Wilson Conciani é também representante da WFCP no Brasil. Eles elogiaram muito o projeto, a maturidade dele”, diz João. “O Crab deixou de ser um protótipo pequeno e passou a ser em escala real, comercializável, ou então com boas chances de ser comercializado, e isso possibilitou com que a gente tivesse essa visão de empresários, de investidores, e que a gente conseguisse ter um feedback importante lá no WFCP”, conclui.

Palavras-chave:
ensino
pesquisa
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