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CORTES ORÇAMENTÁRIOS

Fórum de Reitores do Rio Grande do Norte debate cortes governamentais de orçamento

Instituições públicas de ensino superior do estado se unem à bancada federal do RN para reverter quadro de bloqueios

Publicada em 07/05/2019 Atualizada há 1 ano

Patrícia Maia e Juscelino Medeiros representaram o IFRN no Fórum de Reitores do Rio Grande do Norte

O Fórum de Reitores do Rio Grande do Norte se reuniu nesta segunda, 6, para discutir os bloqueios de verba impostos às instituições federais de ensino. O encontro ocorreu na UFRN e contou com a participação dos reitores das universidades norte-riograndenses e membros gestores da reitoria do IFRN, além do congressista Rafael Motta (integrante da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados). A OAB e a deputada federal Natália Bonavides também enviaram representantes à reunião.

Juscelino Medeiros, pró-reitor de administração do IFRN, ressaltou a importância que o instituto exerce no interior do estado. "O IF tem levado grandes benefícios para toda essa região. Precisamos, mais do que nunca, da classe política unida em defesa das nossas organizações. A luta pela educação deve ser uma bandeira apartidária", aponta. Ele também reforçou o argumento de Ângela Paiva, reitora da UFRN, sobre a flagrante dificuldade de manter os servidores terceirizados, essenciais para serviços de limpeza, segurança e manutenção predial, diante dos cortes governamentais. "Não vamos ter como levar alunos para aula de campo, porque não teremos motorista. Se tirarmos os terceirizados que trabalham com a limpeza, quem vai limpar os banheiros e as salas de aula, dando condições para que o ensino e a pesquisa aconteçam? Se tirarmos o vigilante, quem vai proteger o patrimônio público?", questiona Juscelino.

Patrícia Maia, da Pró-reitoria de Desenvolvimento Institucional do IFRN, desconstruiu em sua fala a falsa informação acerca dos gastos de energia demandados pelos prédios da instituição. "O IFRN conta com usinas fotovoltaicas em todos os 21 campi e na Reitoria, o que gera uma economia aos cofres públicos de 27% na conta de energia. Por lei, o limite é de 30%. Então já estamos economizando dentro daquilo que é possível. Alguns de nossos campi já utilizam apenas águas pluviais, economizando 1,6 milhão de litros de água", afirma a docente. Segundo Maia, a gestão do Instituto já vinha trabalhando com as previsões de cortes lineares previstos no início do ano, mas com os novos anúncios de retirada de investimento governamental, as perdas atingiram 38% do recurso necessário para manter as atividades institucionais.

Para Rafael Motta, a manutenção do funcionamento das universidades e institutos federais no RN é importantíssima, "não só para os estudantes, mas para a sociedade em geral. São instituições parceiras do nosso estado. Ouvindo das instituições o que exatamente vai ocasionar esses cortes, vamos dar encaminhamento, como uma reunião com o MEC, através de um mandado de segurança ou algum outro artifício jurídico. O que não podemos é enterrar a atividade acadêmica (pública) no Rio Grande do Norte", conclui o deputado, que taxou a atitude de bloqueio dos recursos como "monocrática" e que traz "prejuízos muito significativos".

Por fim, foi acordado que o Fórum construa e envie aos deputados federais do estado um documento que liste e detalhe as implicações dos cortes para o Rio Grande do Norte. A bancada, por sua vez, apresentará o diagnóstico ao Ministério da Educação (MEC) e ao Governo Federal, visando que as ações sejam reconsideradas.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
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