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Diretoria de Inovação Tecnológica destaca o reconhecimento de projetos de Pesquisa e Inovação para 2019

Criação de novos empreendimentos voltados à tecnologia é a perspectiva para este ano

Publicada em 13/02/2019 Atualizada há 1 ano

João Teixeira, diretor de Inovação Tecnológica do IFRN

“Gerar transferência de tecnologia e propagar para a sociedade é o nosso grande incentivo, é a grande missão do IFRN”, afirma João Teixeira, diretor de Inovação Tecnológica do IFRN. Segundo João, os planejamentos para 2019 viabilizam o desenvolvimento de novos projetos de Pesquisa e Inovação como ponto primordial. A Assessoria de Comunicação e Eventos (Asce) da Reitoria conversou sobre as metas e diretrizes do setor, confira:

Asce - Quais as ações planejadas para o ano de 2019?

João Teixeira - No tocante a parte de registro de propriedade intelectual da área de inovação, nós estamos trabalhando na perspectiva de criar novos editais voltados diretamente ao desenvolvimento de tecnologia. Neste edital, um dos pontos primordiais é a geração de ativos de propriedade intelectual, seja uma patente ou um registro de software. Iremos, ainda, retomar a criação de editais de apoio ao fomento de registro nessa área. Neste edital, nós orientamos todos os pesquisadores com os trâmites dos documentos que são necessários para o pedido de patente e software pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Viemos, nesses últimos anos, obtendo bons resultados no que diz respeito ao aumento dos números de registro de patentes e softwares. Fiz um levantamento básico onde, apenas no ano de 2018, conseguimos fazer 21 registros, entre patentes, softwares e marcas. Isso corresponde a um aumento de 31% do total de todos os registros que nós fizemos do ano de 2012 ao ano de 2017, e é mais do que já havíamos feito em toda a nossa história. Esse retorno é de extrema importância, pois é refletido de acordo com essas nossas ações, tanto de editais diferenciados voltados para a inovação tecnológica, como também editais voltados para o apoio ao fomento desses registros. Além disso, planejamos a criação de laboratórios multiusuários que sirvam para que vários cursos consigam trabalhar com pesquisa de forma integrada e na prestação de serviços tecnológicos para a comunidade. O IFRN, como um todo, tem trabalhado no laboratório de tecnologia mineral no Campus Parelhas, bem como nos laboratórios do Campus Natal-Central, mais especificamente no Laboratório de Caracterização de Minerais. Pretendemos, com esses laboratórios, trabalhar em conjunto com outro centro, que vamos inaugurar ainda neste ano, que é o Centro de Tecnologia Mineral (CT Mineral), em Currais Novos. Esses laboratórios terão um papel fundamental para que novas tecnologias e novos projetos de Pesquisa e Inovação sejam desenvolvidas, além de gerar novos ativos de Propriedade Intelectual a partir dessas pesquisas.

Asce - No âmbito do Empreendedorismo Inovador, quais são as metas previstas?

João Teixeira - Em 2018, nós apoiamos e orientamos, nos Campi São Gonçalo do Amarante e Natal-Zona Norte, a criação de duas incubadoras, o que fortaleceu o quantitativo em número de Hotéis de Projetos, gerando a possibilidade de criar novos empreendimentos e empresas voltadas à tecnologia. Este ano, nós utilizaremos a metodologia implantada na Incubadora Tecnológica do Campus Natal-Central (ITNC), a única incubadora do Brasil a adquirir a certificação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). Essa certificação da Cerne 2 será emitida, especificamente, pela 1º vez, no Brasil, e isto servirá para que este ano a gente trabalhe em todas as Incubadoras com a ajuda da gestão da ITNC. Nossa perspectiva é utilizar essa metodologia que foi usada para gerar o Cerne 2 e implantar em todas as outras incubadoras do IFRN. Consequentemente, aplicando essa metodologia, a ideia é que a gente consiga criar mais Hotéis de Projetos, mais empresas incubadas e mais ideias que sejam geradas pelos alunos em projetos e sejam empreendidas, no IFRN. Isso é uma forma de captar recursos externos dos nossos alunos e enriquecer a área do Empreendedorismo Inovador.

Asce - Quanto às inovações, o que podemos esperar?

João Teixeira -  Atualmente, realizamos um acompanhamento constante dos projetos submetidos, nos editais, no Sistema Unificado de Administração Pública (Suap). Este acompanhamento é importante, pois é como vamos identificando os projetos com viés de inovação tecnológica e, dessa forma, podemos orientar os pesquisadores no próprio Suap para registrar esses pedidos de patentes e softwares. Outro ponto que queremos implementar, ainda em 2019, é o aperfeiçoamento desse monitoramento e a criação de uma representação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) em cada campus. Essas representações vão orientar os pesquisadores dos seus campi para essas questões voltadas à inovação tecnológica, para não ficar tudo concentrado na Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (Propi). Agora em abril iremos promover, na Reitoria, o primeiro Curso de Propriedade Intelectual direcionado para todas essas representações do NIT. Até o momento nós temos nove campi com um representante, e iremos esperar as portarias até o mês de abril ou março para que alcancemos o número máximo de campi possíveis com essas representações.

Asce - Por fim, o que mais destacaria?

João Teixeira - No ano de 2016, criamos o Prêmio de Empreendedorismo Inovador, que ocorre durante a Semana de Ciência, Tecnologia e Extensão do IFRN (Secitex). O prêmio tem desenvolvido muito a sua metodologia e, os resultados gerados, a partir disto, são de suma importância pois vemos que as ideias que foram postas nesses prêmios, muitas delas, formam empresas a serem incubadas nas Incubadoras Tecnológicas. Por exemplo, em 2017, tivemos ideias geradas no Prêmio que hoje são empresas incubadas na ITNC a serem graduadas já neste ano. Isto é um ganho imenso, porque mostra o nosso comprometimento no tocante à continuação do trabalho, que não passa só pelo prêmio, mas por todo um processo para que aquela ideia gere uma empresa que continue sendo desenvolvida. A premiação dos vencedores em 2018 foi uma viagem para uma aceleradora de empresas, "O Cubo", em São Paulo; este ano nós iremos acompanhar os alunos até lá. Um outro evento que eu acredito ser de grande importância, até para a gente ver in loco o que está sendo desenvolvido em termo de tecnologia, é a Mostra Tecnológica do IFRN. A Mostra tem o viés de apresentar projetos voltados à inovação tecnológica e já está em sua 6ª edição, que aconteceu agora em 2018, e é uma oportunidade para nós, do NIT e da Diretoria de Inovação Tecnológica (Ditec), orientar os alunos que desenvolveram projetos voltados à inovação tecnológica a registrar, no INPI, o produto desenvolvido para que o mesmo tenha proteção e a Propriedade Intelectual. 

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
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