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UNIDADES AGRÍCOLAS/INDUSTRIAIS

Com equipe engajada, Fazenda-Escola do IFRN é destaque em Ipanguaçu

Funcionando há pouco mais de dez anos, a Unidade Agrícola-Escola alia teoria à prática no campo

Publicada em 05/04/2018 Atualizada há 1 ano

Iris Karina, aluna e bolsista, contribui para o bom funcionamento da unidade

Por Cíntia Oliveira

Todos os dias Iris chega no Campus IFRN Ipanguaçu por volta das 6h da manhã, toma café na cantina acompanhada de outros bolsistas e sai para desenvolver atividades no viveiro de mudas da Unidade Agrícola até às 10h30. Durante o resto da manhã, ela estuda para as provas, produz relatórios e desenvolve outras atividades que são de responsabilidade dos bolsistas. À tarde, a aluna almoça no campus, onde assiste aula até às 18h. Matriculada no curso de Agroecologia na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) e bolsista da Unidade Agrícola, Iris Karina Feliciano de Alcântara relatou a alegria de poder participar das atividades da fazenda-escola do Instituto. Encerrando a série de reportagens sobre as unidades agrícolas/industriais-escola do IFRN, falaremos sobre a unidade gerenciada pelo Campus Ipanguaçu.

Ipanguaçu

A Unidade Agrícola-Escola de Ipanguaçu foi criada em 2007 e está inserida em uma área aproximada de 132 hectares. Popularmente conhecida como Fazenda-Escola, o objetivo é ser um laboratório vivo com função de produzir insumos para atender necessidades de programas desenvolvidos pela instituição, além da manutenção do campus, apoiando, prioritariamente, o ensino, a pesquisa e a extensão.

Situado na microrregião do Vale do Açu, cuja principal atividade econômica é a agricultura irrigada, o Campus Ipanguaçu atende a uma população de cerca de 120 mil habitantes, dos quais dois terços se concentram nas zonas urbanas e um terço na zona rural. Os cursos ofertados na unidade são Agroecologia, Informática e Meio Ambiente (técnicos integrados); Agroecologia e Manutenção e Suporte em Informática (técnicos integrados na modalidade EJA); Meio Ambiente e Manutenção e Suporte em Informática (técnico subsequente); Licenciatura em Informática e em Química e Tecnólogo em Agroecologia (graduação).

“A Fazenda-Escola possibilita grande contribuição na formação dos alunos, aliando a teoria vista em sala, com a prática no campo. Atrelado a isso, também vem possibilitando a realização da prática profissional, através da oferta de estágios aos alunos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia, oferecido pelo campus, além de ser base de pesquisa para todos os cursos e projetos desenvolvidos na unidade, em todas as áreas, inclusive, na licenciatura em química”, afirmou Marlon Dantas, diretor da Fazenda Escola.

Alguns espaços permitem o aprendizado na prática: a bovinocultura, a avicultura, a apicultura, a ovinocultura, o viveiro de mudas, o pomar e a horta didática. Além disso, são desenvolvidos projetos no Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) e no Núcleo de Extensão e Práticas Profissionais em Agropecuária (Neppagro). 

Produções

Na unidade de produção vegetal são trabalhadas culturas de frutas e de hortaliças; a produção de matéria-prima animal contempla leite, aves e ovos. A maioria desses alimentos são fornecidos na merenda escolar, in natura ou processados. O campus, em parceria, ainda fornece leite e frutas aos campi de Currais Novos e Pau dos Ferros. Em troca, a unidade recebe queijos e bebidas lácteas para a merenda.

O vínculo da instituição com a comunidade pode ser percebido através da parceria com o Neppagro e com o NEA. Com recursos via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), os projetos vêm trazendo uma proposta ambiental e de produção adequada a agricultura familiar, associando o curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) com as Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs). “Tentar estimular cada vez mais a pesquisa e a extensão, focando o desenvolvimento regional, são as perspectivas a curto, médio e longo prazo. Além disso, a ideia é iniciar as atividades do Laboratório de Alimentos, que será mais uma oportunidade para os alunos conhecerem um novo eixo de pesquisa e agregação de valores nos produtos, nas unidades familiares, tornando-os profissionais mais completos”, disse o diretor da unidade. Outra ação extensionista é a destinação do excedente do rebanho ao mercado, através de leilões anuais: "disponibilizamos uma genética diferenciada para os produtores da região, sem esquecer da importância ambiental, através de doação de mudas às prefeituras, associações e escolas", acrescentou.

Equipe

Iris expressa felicidade ao descrever o funcionamento das unidades e a relevância delas. “Cada unidade tem sua importância, acredito que lá os alunos vivenciam as práticas agroecológicas ou agrícolas e é através dessa vivência que os alunos podem ter uma formação mais concreta na área e ter um futuro acadêmico de sucesso”, finaliza a aluna.

Além de bolsistas como Iris, a equipe é composta por estagiários, cinco técnicos-administrativos, sendo um agrônomo, um médico veterinário, três técnicos agrícolas e dez terceirizados, focados na abrangência dos cuidados com a produção vegetal e animal das áreas dos pomares, viveiro de mudas, horta, aviários, apicultura, meliponicultura, ovinocultura, bovinocultura de leite e das UTDs: Cássio Cunha, Lidja Moura e Maria do Carmo Ferreira – estagiários; Erick Paiva – médico veterinário; Paloma Macchi, João Macedo e Tereza Rocha – técnicos agrícolas e Marlon  Dantas – engenheiro agrônomo e diretor da Fazenda Escola.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
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