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Aluno do Campus Natal-Zona Leste usa rejeitos de cerâmica em projetos paisagísticos

Caco de cerâmica nas margens da estrada virou elemento paisagístico na entrada do Campus Parelhas/IFRN

Publicada em 03/12/2019 Atualizada há 12 meses

Técnica de paisagismo com rejeitos de cerâmica realizada no Campus Parelhas/IFRN

Reportagem: Laurence Campos / Nathalia Souza

A 240km da capital potiguar, na cidade de Parelhas, o funcionamento das empresas de cerâmica não para. Segundo um levantamento realizado pelo aluno do curso superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, Djalma Valério Ribeiro Neto, 17 empresas produzem telhas e tijolos todos os dias, totalizando 17 milhões de peças por mês.

Apesar de ser uma das principais fontes de renda do município, a indústria de cerâmica gera impactos ambientais que precisam ser levados em consideração. De acordo com o estudo, as empresas não possuem um projeto para o reaproveitamento dos rejeitos provenientes da confecção das peças. Resultado: o descarte desses materiais é feito de forma irregular, perto das empresas e nos acostamentos das estradas.

Visando minimizar os impactos ambientais, o aluno estudou uma proposta para reaproveitar os materiais descartados irregularmente – e, da teoria, surgiu a prática. O que antes era caco de cerâmica nas margens da estrada virou elemento paisagístico na entrada do Campus Parelhas do IFRN. A ideia é levar o paisagismo com cacos de cerâmica para a revitalização dos locais públicos, como praças e canteiros da cidade.

De acordo com a orientadora do estudo, professora Edna Guilherme, os descartes irregulares de cacos de cerâmica, se realizados continuamente e por um longo período de tempo, podem gerar impactos mais graves ao solo (por conta da quantidade de rejeitos) e à vegetação (que fica impedida de se desenvolver). Além disso, o impacto visual é um quesito que também precisa ser levado em conta.

Segundo ela, é preciso pensar estratégias para conciliar a produção com a preservação do meio-ambiente. Para ela, a educação a distância tem um papel fundamental, visto que dá oportunidade aos alunos do interior, que estão perto do problema, de pensarem alternativas para a preservação do meio-ambiente. “Nossos alunos têm dado retornos positivos e, na prática, têm demonstrado que a academia pode repensar e mediar conflitos socioambientais”, reflete.

Do caco ao Congresso Internacional

Em pouco tempo, Djalma Neto levou seu projeto para o mundo. O projeto de reaproveitamento de resíduos de cerâmica foi apresentado durante o I Congresso Internacional de Meio Ambiente e Sociedade (I Conimas), realizado entre os dias 20 e 22 de novembro na cidade de Campina Grande (PB). Para ele, “ter a experiência de estar em um congresso de nível internacional com ajuda de custo do Campus Natal – Zona Leste contribuiu de maneira efetiva para a minha formação, principalmente por ser aluno da modalidade EaD”.

O I Conimas tem o objetivo de desenvolver, discutir e apresentar soluções para um crescimento econômico e sustentável a partir de trabalhos e projetos com pesquisas de campo criados por alunos. A meta é incentivar a conscientização das grandes empresas para a preservação do meio-ambiente, visando uma maior qualidade de vida para as próximas gerações.

Sobre o aluno EaD

Djalma Neto é servidor no Campus Parelhas do Instituto Federal, no interior do RN. Distante da capital potiguar, ele viu na EaD a possibilidade de ampliar seus horizontes na área que ama: meio-ambiente. A partir da nota do Enem, ingressou no ensino superior a distância por meio do Campus Natal – Zona Leste, tendo como polo de apoio presencial o Campus Caicó. “Eu já sou técnico em Mineração pelo IFRN. Como moro no interior, a modalidade a distância foi muito importante quando decidi continuar meus estudos. Em breve, terei o nível superior graças à EaD”, finaliza.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
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