Pensando na importância da reutilização de água para irrigação no Semiárido, o Professor do Campus Pau dos Ferros do IFRN, Ivan de Oliveira Lima Júnior, desenvolveu o Projeto "Palmas para Santana". A ideia foi ganhando visibilidade e acabou estimulando o docente a inscrever o projeto no Prêmio ANA 2017, promovido pela Agência Nacional de Águas.


O projeto Palmas para Santana objetiva reusar água de esgoto para irrigação da Palma Forrageira. A ideia foi testada e já funciona no Município de Santana do Seridó-RN, com o objetivo de minimizar o efeito da seca ali instalada desde 2012.


O Professor comenta a aplicabilidade do projeto para o Semiárido, inclusive Pau dos Ferros e região: "Essa prática pode ser replicada para todas as cidades do Brasil que possuem esgotamento sanitário, principalmente as localizadas no Semiárido. O potencial produtivo do esgoto do Semiárido é muito significativo, pois, levando em consideração que cada cidadão gasta em média 102,2 litros de água diariamente, o Semiárido gera 22,22m² por segundo. Isso equivale a um rio perene de volume muito considerável que está sendo desperdiçado.", detalha.


Segundo o Professor Ivan, a intenção é expandir o reuso pelas cidades e tentar convencer os gestores a implantarem a prática nos seus municípios e a investirem em esgotamento sanitário.


A apresentação dos projetos acontece hoje e amanhã, 5 e 6 de dezembro, em Brasília. O Projeto será apresentado hoje (5), logo mais às 11h45. O Projeto concorre na categoria "Governo", uma das seis do Prêmio. Na quinta-feira, 7, serão divulgados os melhores trabalhos. Os ganhadores de cada categoria receberão o Troféu Prêmio ANA e uma viagem para participar do 8º Fórum Mundial da Água, marcado para acontecer em Brasília de 18 e 23 de março de 2018.


SOBRE O PRÊMIO
O Prêmio ANA é o principal prêmio Brasileiro relacionado a recursos hídricos. O Prêmio ANA é o principal concurso brasileiro relacionado a recursos hídricos. busca reconhecer o mérito de iniciativas que se destaquem pela excelência de sua contribuição para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País. Os trabalhos concorrentes devem promover direta ou indiretamente o combate à poluição e ao desperdício, apontando caminhos para assegurar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para o desenvolvimento e a qualidade de vida das atuais e futuras gerações. Em 2017 bateu recorde de 608 projetos inscritos.