SÉRIE: 1 ANO DE DISTANCIAMENTO SOCIAL
Campi do IFRN fazem levantamento de ações após um ano de pandemia
21 unidades seguem desenvolvendo projetos e ações de solidariedade
Publicada em 01/04/2021 ― Atualizada em 30 de Março de 2023 às 06:43

or Clara Bezerra e Cleyton Fernandes
“Quando tudo isso começou,
pensamos que a suspensão das atividades presenciais duraria dois ou três meses,
no máximo. Já passou um ano e não há perspectiva para o retorno presencial
seguro”. O desabafo é de uma servidora da Reitoria, mas poderia ser de qualquer
estudante, docente ou técnico-administrativo do Instituto Federal do Rio Grande
do Norte (IFRN): em 17 de março de 2020 a Instituição começou o Distanciamento
Social.
A medida foi necessária para
evitar aglomeração de pessoas, uma das formas de frear o avanço da pandemia de
Covid-19. Assim, mais de 40 mil estudantes e cerca de 4 mil servidores –
incluídas aí as pessoas de empresas terceirizadas e prestadores de serviços –
mudaram suas rotinas e vêm enfrentando essa nova realidade social. Mesmo diante
dessa situação, em seus 22 campi e na
Reitoria, o IFRN não parou. Ao tempo em que a estrutura física passou a ser
espaço de atividades como limpeza e manutenção – de laboratórios, de jardins ou
mesmo de cuidados com os animais –, as ações on-line nunca foram tão fortes.
Para mostrar parte das ações realizadas,
traremos uma série de matérias sobre as atividades realizadas nesse Um
Ano de Distanciamento.
Solidariedade
Os campi Caicó, Ipanguaçu,
Nova Cruz, Pau dos Ferros, Parnamirim, Santa Cruz e São Gonçalo do Amarante
desenvolveram projetos para a produção de Equipamentos de Proteção Individual
(EPI) e de insumos sanitários, que foram doados a hospitais e outras
instituições públicas como a Polícia Militar e o SAMU. Juntos, produziram e
doaram até agora 10420 itens de EPIs. Já os campi
Apodi, Nova Cruz, Mossoró e Pau dos Ferros produziram e doaram 32.677 litros de
saneantes (sabão líquido, detergente e álcool 70º).
No Campus Caicó, por exemplo, os laboratórios dos cursos de Vestuário
(técnico) e Design de Moda (superior) passaram a produzir capotes (2.575),
lençóis (40), máscaras (677) e protetores de rosto (100). Esse material foi
doado para instituições como o Hospital Regional Telecila Freitas Fontes, na
própria cidade, e para o Hospital Maternidade Terezinha Lula de Queiroz, em
Jucurutu, entre outros.
Em
razão da suspensão das atividades presenciais da Instituição, os campi
realizaram a distribuição de insumos de saúde e de alimentos perecíveis, com o
acompanhamento do Comitê Covid-19 IFRN.
Vulnerabilidade
Social
Segundo dados
disponíveis no Farol de Desempenho do IFRN, o percentual estimado de discentes
em situação de vulnerabilidade socioeconômica – com renda familiar per capita
até um salário mínimo – é de 82,94%. Para não deixar de dar suporte e atenção a
esses milhares de jovens e suas famílias, a Instituição realizou atividades
coordenadas no intuito de manter ações ligadas à Gestão de Atividades
Estudantis, como o remanejamento do orçamento para a aquisição de alimentos
para as refeições realizadas nos campi, que possibilitou a doação de 27.860
cestas básicas a estudantes em vulnerabilidade social.
Após implantada
a modalidade de ensino remoto, foram necessários recursos para permitir que
esse mesmo público vulnerável pudesse adquirir equipamentos eletrônicos, como
notebooks, e serviços de internet para acessar os conteúdos das aulas. Todos os
campi lançaram edital com essa finalidade, concedendo um total 8.095
auxílios digitais.
Infraestrutura
As gestões dos campi
que possuíam planejamento para a realização de obras e reformas mantiveram os
seus cronogramas, sempre com atenção aos protocolos e limitações sanitárias
vigentes. Foram realizadas obras de acessibilidade, com adequações, acessos,
passarelas, rampas e escadas, obras de recuperação ou substituição de
estruturas e obras de reforma e construção de salas e laboratórios. Os campi
que realizaram obras ou licitação para novas obras nesse período foram:
Canguaretama, Ceará-Mirim, Currais Novos, João Câmara, Lajes, Macau, Mossoró,
Natal-Central, Natal-Cidade Alta Natal-Zona Norte, Parelhas, Pau dos Ferros,
Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Santa Cruz e São Paulo do Potengi, com
destaque, por exemplo, à ampliação do Centro de Tecnologia em Energia Eólica,
no Campus João Câmara, e à construção de um novo anexo com salas de aula
e laboratórios no Campus Natal-Cidade Alta.
Na próxima matéria, fique por dentro das principais ações de ensino, pesquisa e extensão.