Os alunos de Eletrônica Larissa Lima, João Victor Bezerra e Beatriz Paiva conquistaram o 4º lugar da categoria Energia na I-SWEEEP, realizada em maio no Texas, nos Estados Unidos. 

Após o feito, os estudantes fizeram questão de falar sobre a experiência de representar o Brasil no maior evento de desenvolvimento sustentável do mundo: "O evento é muito grande. Foi realmente surpreendente chegar ao local pela primeira vez. Conhecemos pessoas de todo lugar do mundo... Espetacular! Visitamos também a NASA, o Museu de História Natural... Um sonho realizado", revelou Beatriz. 

Larissa também não escondeu a alegria de ter participado da Feira: "Ficamos muito felizes também por ter nosso trabalho reconhecido como um dos melhores do evento".

"Gostaríamos de agradecer pelo apoio a todos no Campus, em especial aos nossos orientadores, e ao Programa de Formação de Recursos Humanos (PFRH). Aproveito a oportunidade para dar uma dica: aprendam inglês. Nossos orientadores avisaram no início do projeto que deveríamos estudar a língua e a gente só percebe a necessidade nesses momentos", explicou João Victor.

Satisfeito com o resultado, o professor Marcus Fernandes, orientador do projeto, destacou a importância do intercâmbio científico em eventos dessa natureza, sem deixar de lado o intercâmbio cultural: "É importante falar uma língua estrangeira, conviver com costumes diferentes... Costumo dizer aos alunos que com o passar do tempo a gente esquece a premiação, mas não esquece nunca as pessoas e a experiência".

O projeto

Os jovens desenvolveram o projeto de pesquisa "Corpo e Consciência Ambiental Mais Leves: Academia da Saúde como Forma de Geração de Energia", com o qual se propõem a promover a prática do exercício físico em equipamentos das chamadas 'academias ao ar livre' ou 'academias da terceira idade' e, ao mesmo tempo, gerar energia elétrica produzida através da execução dos movimentos dos usuários.

Na pesquisa, o grupo constatou que o excesso de insolação, durante o dia, reduzia o número de frequentadores nos espaços; já à noite, o principal problema era a falta de iluminação pública suficiente para garantir a segurança de quem se exercitava nos locais. Diante do quadro, os estudantes criaram um simulador de cavalgada, em menor escala, após perceber que o equipamento era um dos mais usados nas academias: "Realizamos alguns testes com o aparelho para introdução de dispositivos de geração de energia através de suas partes móveis para iluminar o ambiente de exercício. Fizemos isso por meio de artifícios semelhantes a alternadores [máquinas que transformam energia mecânica em energia elétrica]", explicou Marcus Fernandes.

Segundo o professor, uma cobertura de placas fotovoltaicas também foi adicionada à estrutura do simulador para produzir mais energia e dar sombra aos usuários nos períodos diurnos, quando os locais costumam receber menos pessoas: "Para conexão desses dois sistemas foi necessária a construção de um sistema de conexão e retificação. Isso possibilitaria o uso das formas de energia obtidas no processo". O pesquisador afirma ainda que, após testes realizados, a iniciativa tem potencial para economizar energia através da geração de energia distribuída e melhorar a iluminação no entorno do ambiente onde é realizado o exercício.

O trabalho, também orientado pelo servidor Aécio Farias (IFRN) e pela professora Débora Carvalho (UFRN), é resultado da parceria do Instituto com a Universidade Petrobras através do PFRH.

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