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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Alunos conquistam credenciamento para feira de tecnologia em São Paulo

Jovens criaram terminal digital que dá dicas de saúde a pacientes em salas de espera

Publicada em 22/12/2015 Atualizada há 1 ano, 1 mês

Davi e Felipe vão representar o RN na 14ª Febrace, que será realizada em março de 2016 na cidade de São Paulo

Os alunos de Informática Davi Carvalho e Felipe Moraes conseguiram o credenciamento para participar da 14ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), uma das principais mostras tecnológicas do Brasil. O evento acontece entre os dias 14 e 18 de março na Universidade de São Paulo (USP).

Batizado de TED Saúde, o projeto dos estudantes busca educar pessoas, de forma interativa, nas salas de espera de unidades básicas de saúde e clínicas médicas através de um terminal educativo digital. 

"O terminal é composto por uma TV e um sensor kinect acoplado, que é capaz de reconhecer o momento do paciente e interagir com ele por meio de jogos educativos e campanhas de saúde", revelou o professor Edmilson Campos, orientador do trabalho junto com a professora Alba Lopes.

Neste ano, o grupo conquistou o primeiro lugar da categoria Ciências da Computação na II Mostra de Ciência e Tecnologia da Zona Norte de Natal (MocitecZN), promovida pelo Campus, na qual obteve o credenciamento para a Feira Internacional de Educação, Ciência e Tecnologia (Cientec), que será realizada no próximo ano em Lima, Peru.

 

Mais trabalhos na 14ª Febrace

A equipe do TED terá a companhia de dois projetos do Campus. O primeiro, criado por Victor Nascimento, Rodrigo Machado e Yuri Sales, é o Sisadev, sistema feito para ajudar deficientes visuais a utilizarem o transporte coletivo com mais independência. 

"Nossa intenção é colocar um transmissor em cada ônibus de Natal para enviar dados como linha e destino. Essas informações serão recebidas por um receptor e, logo em seguida, repassadas ao usuário através de um dispositivo sonoro, que vai-lhe informar quando o veículo estiver se aproximando", explicou Victor.

De acordo com o aluno, o dispositivo é bem fácil de usar. "Quando alguém com deficiência visual quiser pegar um ônibus, é só pressionar um botão que vai enviar um sinal de volta para o transmissor, e o motorista vai saber que existe alguém nessas condições na parada", complementou. O projeto, orientado pelo professor Aílton Torres, foi premiado com o primeiro lugar da categoria "Engenharia" na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), realizada no mês de setembro em Recife, Pernambuco. 

Já o segundo projeto, desenvolvido pelas alunas Paulla França, Blenda Medeiros e Ana Letícia Bezerra, visa produzir filmes argilo-poliméricos comestíveis à base de quitosana, substância obtida a partir da carapaça de crustáceos, para retardar o processo de amadurecimento de frutas e hortaliças.

"A utilização de polissacarídeos, como a quitosana, tem se revelado alternativa viável pelo baixo custo, pela biodegradabilidade e ação fungicida. Aditivada com plastificante para ampliar a elasticidade, e com nanocarga de argila para incrementar suas propriedades de barreira contra gases, a quitosana reúne o conjunto necessário de características exigidas para aplicação como biofilme comestível", explicou o professor Roberto Lima, orientador do projeto.