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Literatura e Cultura de Mídias: o RPG na escola

Professor de língua portuguesa utiliza recursos lúdicos em sala de aula como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem

Publicada em 09/04/2013 Atualizada há 1 ano

Alunos do Câmpus Caicó realizando atividade em sala de aula com a utilização de RPG

O professor de língua portuguesa e literatura do Câmpus Caicó, Felipe Garcia de Medeiros, desenvolveu uma atividade diferenciada em sala de aula, misturando os ingredientes do RPG (Role-Playing Game; "jogo de representar um papel") com o tempero da Literatura.

As narrativas lúdicas e de ação online estão permeadas pelas tradições dos primeiros povos da humanidade, como diz Walter Benjamin: “a narrativa, que durante tanto tempo floresceu num meio artesão – no mar e na cidade –, é ela própria, num certo sentido, uma forma artesanal de comunicação”. 

A atividade teve como objetivo trabalhar a oralidade dos alunos, a capacidade argumentativa do mestre (aquele que conduz a narrativa) no instante da produção do enredo e da atmosfera da história – além da capacidade criativa dos personagens, os alunos que são guiados pelo mestre, de raciocinar diante de situações-problemas e, principalmente, tomar decisões, fazer escolhas, sem nos esquecer de produzir muita ficção e dialogar com as demais literaturas, com a presença de monstros mitológicos (Cérbero, Kraken, Fênix); desastres ecológicos (meteoros, tsunamis, destruição dos planetas, sequestro da Amazônia); sem nos esquecer da presença do Apocalipse bíblico, das bestas, da marca, da tribulação. 

Monstros, androides, pântanos, cidades vazias, zumbis, bruxos, apocalipse, tudo isto e muito mais pode ser vivenciado em um jogo de RPG. Esta modalidade de jogo é um método para se criar histórias dentro de universos ficcionais – sendo exploradas por uma coletividade. Batalhas, grandes emoções e aventuras acontecem no desenrolar das histórias criadas e vividas pelos participantes do jogo. No desenvolvimento das histórias, aparecem as derrotas e vitórias, garantindo aos participantes muito entretenimento, viajantes de caminhos em que a imaginação atua livremente.

Em síntese, para se jogar RPG é necessário:
 - Um enredo, uma história;
 - Fichas para cada personagem;
 - Conjunto de dados;
 - E muita criatividade!

A atividade foi bastante proveitosa, os alunos se envolveram, o objetivo didático foi alcançado, houve produção de narrativas, constante argumentação, contação de histórias, e a proposta para novas partidas já foi lançada.

Palavras-chave:
ensino

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