Quem circula por trás do ginásio de esportes já deve ter se perguntado sobre o motivo da demolição da arquibancada das piscinas. Segundo a engenheira do setor de Engenharia e Arquitetura do Campus Natal-Central, Iara Cristianny de Brito, a decisão sobre a derrubada se baseou num laudo técnico que atestou o comprometimento da estrutura.

De acordo com a engenheira, a falta de cobertura fez com que a arquibancada ficasse sujeita a todo tipo de intempéries - maresia, poluição, chuvas -, fatores que causaram oxidação na ferragem, fissura e deterioração na alvenaria, que ficou comprometida devido às constantes infiltrações. Ainda segundo Iara, constatou-se a fragilidade da estrutura logo no início da demolição, executada totalmente de forma manual. “Basta mencionar que, em menos de oito horas, com apenas dois homens, chegou-se a demolir um módulo completo de arquibancada”, explicou.

Segundo Iara Cristianny, com a demolição, ganhou-se espaço para acrescentar mais uma raia na piscina semiolímpica. Essa adaptação está inserida num amplo projeto de engenharia, elaborado em parceria com a Diretoria Acadêmica de Construção Civil (DIACON) e com o Núcleo de Prática Profissional dessa área, o NEPPCON.

As obras desse projeto, que aguardam recursos financeiros provenientes de emendas parlamentares, preveem a intervenção em sete áreas do Campus, entre elas, a nova piscina com arquibancada, um edifício-garagem com quadras e academia no piso superior, reforma no prédio do NUARTE, recuperação das “rosquinhas” e construção de uma rota de integração entre o campo de futebol, passando pela área de lazer, até o Bosque Nivaldo Calixto, com caminhos retos e entrecortados.

A construção da arquibancada demolida foi posterior à inauguração da piscina, datada de 1980, na gestão do diretor Marcondes Mundim Guimarães, ocasião que reuniu atletas das Escolas Técnicas Federais do Rio Grande do Norte (ETFRN), da Paraíba, do Ceará e de Pernambuco.

Foto: arquivo do IFRN/CNAT.