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INCLUSÃO SOCIAL

Programas de Assistência Estudantil têm procura expressiva em 2018

Maiores demandas são por auxílio transporte e alimentação escolar

Publicada em 03/05/2018 Atualizada há 1 ano, 1 mês

Assistentes sociais em reunião com os beneficiários do auxílio-transporte. Foto: Arilene Lucena

No último dia 27, saiu o resultado da análise socioeconômica que selecionou novos alunos e renovou o cadastro de veteranos beneficiados pelos Programas de Assistência Estudantil do IFRN neste ano letivo de 2018. 

As vagas abertas em Edital pela Diretoria de Atividades Estudantis (DIAES) consistiam em 200 bolsas para o Programa de Apoio à Formação Estudantil (PAFE), 600 para o de Alimentação Escolar e 901 para o de Auxílio-Transporte.  Ao todo, porém, o SUAP recebeu 3.555 inscrições, das quais 893 eram para o (PAFE), 1.240 para bolsas de alimentação e 1.422 para auxílios-transporte.  

A diretora de atividades estudantis, Frankileide Carlos, admite que os recursos não são suficientes para atender a todas as demandas, mas que, mesmo assim, a instituição conseguiu ampliar um pouco mais os atendimentos. O refeitório passou a oferecer 650 almoços e 130 jantares por dia, e o Programa Auxílio-Transporte, que previa a inclusão de 281 novos participantes, ao final selecionou 369 alunos. 

Segundo explicou Frankileide, embora não sejam os únicos, alimentação e transporte são dois fatores que impactam diretamente na permanência do aluno na escola: “Se ele não pode pagar passagem, é reprovado por falta ou se evade; se precisa ficar no contra turno para participar de projetos de extensão ou frequentar o Centro de Aprendizagem (CAPE), necessita de refeição. Por isso, ampliamos a inclusão nesses dois programas”, justificou.

Essa dificuldade é sentida pela aluna Juliana Paola Santos de Araújo, contemplada com o auxílio-transporte. Caloura do Técnico Integrado em Controle Ambiental, ela mora em Lagoa de Pedras, no agreste potiguar, distante 65 quilômetros da capital. Apesar da proximidade com outros campi do IFRN, optou pelo Natal-Central pelo desejo de cursar a área de Recursos Naturais. Aluna do turno vespertino, Juliana sai de casa às 5 da manhã para pegar o ônibus escolar da Prefeitura, que só vem para Natal nesse horário, e volta à noite. Para retornar à sua casa depois da aula, Juliana paga um transporte alternativo com o dinheiro do Bolsa Família, cedido pela mãe, que está desempregada. “Como eu passo o dia aqui, aproveito e frequento o Centro de Aprendizagem ou estudo na biblioteca”, declarou.

Em função da demanda expressiva por auxílio-transporte, as assistentes sociais Danielle Albuquerque e Késsia França se reuniram com os beneficiários do programa nesta quinta, 03 de maio, a fim de esclarecer as normas desse benefício, pedir empenho nos estudos por parte dos estudantes e mostrar que a DIAES está à disposição para ajudá-los em outras dificuldades. “Não deixem que os problemas virem uma bola de neve a ponto de serem reprovados ou perderem um semestre. Ao longo do ano, outras demandas podem surgir em decorrência de problemas ocasionais: uma doença na família, uma dificuldade de aprendizado... Estamos aqui para atendê-los ou encaminhá-los para outros profissionais que possam auxiliá-los nessas demandas”, enfatizou Késsia.  

Palavras-chave:
ensino

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