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Palestra sobre automação de veículos é ministrada no IFRN-SGA

Apresentação foi feita por professor licenciado do IFRN que atua na Ford, nos Estados Unidos

Publicada em 26/04/2017 Atualizada há 1 ano

Solicitar um veículo via aplicativo através de dispositivo móvel e esse carro chegar em alguns minutos para levar você ao seu destino. Essa realidade já está presente em nosso dia a dia, mas imagine um detalhe a mais: não há motorista para conduzir o automóvel solicitado, que guiará o passageiro ao seu destino final sem nenhuma intervenção humana.

A situação descrita pode parecer uma visão futurista, mas a situação apresentada não está muito distante de se concretizar. Mais precisamente em 2021, a cena poderá ser vivenciada em algum grande centro americano. A afirmação foi feita pelo pesquisador Bruno Sielly Costa, na palestra “Carros autônomos: perspectivas e desafios”, ministrada no Campus São Gonçalo do Amarante, na terça-feira (25), via transmissão ao vivo pela internet.

Bruno é professor do IFRN Zona Norte e está licenciado do Instituto sem remuneração, desde 2016, para atuar no Centro de Pesquisa e Inovação da Ford, localizado na cidade de Palo Alto, região do Vale do Silício - Califórnia (Estados Unidos). A palestra foi acompanhada por alunos e professores dos cursos técnicos de Informática e de Redes de Computadores e da graduação em Tecnologia em Redes de Computadores. 

Durante a explanação, o pesquisador explicou os níveis de automação aplicáveis a veículos e expôs vídeos de testes que vêm sendo desenvolvidos pela montadora americana em um exemplar híbrido, modelo Fusion. Nos vídeos, o carro se porta com normalidade no trânsito e sem qualquer assistência humana, parando em sinais, fazendo curvas e mantendo velocidade uniforme, inclusive, em situações com ausência total de luz.

O sistema funciona através de sensores, radares e câmeras orientados por um mapa virtual do local percorrido. “A expectativa é que o veículo seja viabilizado como uma espécie de táxi autônomo e auxilie no problema da mobilidade urbana. O experimento, após consolidado, poderá ser expandido para transportes públicos, como os ônibus”, afirmou Bruno Costa.

Viabilidade

Dentre as vantagens da automação veicular, além da comodidade de não precisar conduzir o carro, está a comprovação, através de testes, de que o sistema tem um poder de percepção e de reação a situações imprevistas significativamente mais rápido e eficaz que a ação humana.

Por outro lado, ainda não se pode mensurar qual é a capacidade de decisão do automóvel autônomo frente a uma situação em que se tenha que fazer escolhas para evitar acidentes. “Não temos como afirmar ainda como o veículo se comportaria em um episódio onde tivesse que escolher entre colidir em um pedestre ou, para evitar o atropelamento, se jogar no muro, onde poderia pôr em risco a integridade física dos passageiros”, ponderou o pesquisador.

Além das questões éticas, o alto custo dos equipamentos que compõem o sistema também é outra questão a ser solucionada pelas montadoras automotivas visando à viabilidade comercial do carro autônomo.

De certo, é que o desenvolvimento desse equipamento tem avançado expressivamente rumo à sua concretização. “Ainda há muito a ser desenvolvido. O primeiro passo está sendo dado, que é transformar todo o projeto em realidade”, concluiu Bruno Costa. 

Palavras-chave:
ensino

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