PROJETO
Projeto capacita grupos sobre descarte correto do óleo de cozinha
Oficinas do projeto ensinaram participantes a produzir produtos de limpeza a partir do óleo utilizado
Publicada em 03/12/2019 ― Atualizada há 1 ano
Estimativas indicam que mais de 200 milhões de litros de óleo usado poluem os rios e lagos do país todos os meses e que um litro de óleo descartado incorretamente pode contaminar até 20 mil litros de água potável. Além disso, o descarte incorreto do óleo de cozinha pode entupir encanamentos, impermeabilizar fossas sépticas e contaminar também lençóis freáticos. Para sensibilizar a população quanto aos danos ambientais ocasionados pelo descarte incorreto do óleo nasceu o projeto “Responsabilidade socioambiental na reciclagem do óleo de cozinha”, desenvolvido pela Prof. Ulisandra Silva, do Campus São Paulo do Potengi do IFRN.
Em 2019, o projeto capacitou dois grupos para produção de saneantes (sabão ecológico, detergente, amaciantes e água sanitária): mulheres atendidas pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município de São Paulo do Potengi e estudantes do 2º e 3º ano da Escola Estadual Dr Severiano em Macaíba. "Poucas pessoas tem a oportunidade de participar de oficinas como a que eu participei e aprender a fazer sabão, amaciante e a descartar o óleo corretamente", destacou a estudante do 2º ano da EE Dr Severiano, Gabriele Silva.
Além das ações de sensibilização sobre a manutenção e defesa do meio ambiente, o projeto também pretende promover a geração de renda entre os grupos participantes. “O projeto tem entre os seus objetivos tratar ações na manutenção e defesa do meio ambiente, além de possibilitar uma alternativa de fonte de renda a esses grupos”, destacou a coordenadora do projeto, Profa Ulisandra.
Os participantes discutiram ainda assuntos relacionados a aprendizagem das relações entre Química e Meio Ambiente e noções básicas de economia criativa na comunidade. Para a estudante do curso técnico em Meio Ambiente, Maria Lúcia, participar do projeto foi uma oportunidade de ter contato com a comunidade externa ao Campus. “Eu e meus colegas conseguimos nos aprofundar e ter experiência em questões técnicas do curso, como por exemplo, dar destinação correta a um resíduo prejudicial ao meio ambiente. Sou muito grata pela experiência e pelo aprendizado.”, destacou.