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Renovando expectativas, servidor recomeça vida profissional no IFRN

Após dez anos de concursos públicos, Rodrigo passa a integrar a equipe do Campus Natal-Central

Publicada em 19/02/2018 Atualizada há 1 ano

Ex-usuário de drogas, o servidor tomou posse no Instituto para o cargo de Técnico de audiovisual; foto: Jônatas Moura.

Já houve quem tenha dito que o mais bonito do mundo é que as pessoas não estão sempre iguais, mas que vão sempre mudando. Rodrigo Nascimento, técnico em Audiovisual do IFRN, entende bem do assunto. Aos 36 anos, encara recomeçar a vida profissional, agora como servidor público federal. Rodrigo, lotado no Campus Natal-Central, tomou posse no dia 26 de janeiro.

Histórico

Nascido e criado na periferia do Recife, órfão ainda adolescente, Rodrigo passou por um longo período de privações:  “muitas vezes a única alimentação era a merenda escolar. Aos 11 anos tive contato com as drogas e aos 14 já traficava. Cometi furtos e assaltos para manter a dependência”, desabafa. Já adulto, decidiu mudar de vida: “tive fé que poderia deixar para trás tudo e recomeçar”. Depois de abrir mão de várias oportunidades e tendo passado por uma clínica de recuperação, voltou a estudar e se profissionalizou.

O Audiovisual

Rodrigo se diz apaixonado por televisão. Segundo ele, a possibilidade de construir uma narrativa, baseada em um depoimento, é o que mais o atraiu: “assim como reescrevi minha história, pretendo escrever a história de muitas pessoas”, disse. Ligado desde cedo ao mundo das artes e da imagem, o servidor do IFRN concluiu o ensino médio, prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e hoje cursa o 4º período de Jornalismo na UFRN. “Abandonei a música e o circo, artes que são cultivadas até hoje por amigos e familiares, mas, após 10 anos prestando concursos, tenho o privilégio de ser investido em uma função onde posso compartilhar boas experiências e aprendizados”, filosofa Rodrigo,

Novos desafios

“Desde a minha recuperação e reinserção no mercado de trabalho, busquei melhorar, até como uma espécie de compensação, a mim mesmo e à sociedade, pelo tempo perdido nas drogas”. Rodrigo afirma ter uma visão que liga o serviço público à honra e diz acreditar que o servir, no IFRN, é literalmente aplicado na prática. Além das nossas atividades de trabalho, Rodrigo, casado há oito anos, espera a chegada do segundo filho: “sou pai de uma princesa, a Hadassa. Nessa nova fase de minha nova vida, ganhei mais uma responsabilidade: vou ser pai novamente, dessa vez de um menino, o Joshua”, finalizou.

Palavras-chave:
servidores

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