Portal IFRN

Educação, Ciência, Cultura e Tecnologia em todo o Rio Grande do Norte

CAMPUS SÃO PAULO DO POTENGI

Professor do IFRN desenvolve método alternativo para detectar toxoplasmose

Pesquisa foi desenvolvida durante curso de doutorado realizado na Universidade do Minho

Publicada em 25/09/2019 Atualizada há 12 meses

Pesquisador Carlos de Oliveira. Foto: Patrícia Mesquita

O professor do IFRN - Campus São Paulo do Potengi, Carlos Henrique Bezerra de Oliveira, desenvolveu um método alternativo para detecção da toxoplasmose. A pesquisa “Comparação e métodos de identificação de imunoglobulinas para diagnóstico da toxoplasmose” foi realizada como tese de doutoramento do professor, na Universidade do Minho - instituição que mantém um acordo de cooperação com o IFRN desde 2012 -, localizada em Portugal. 

O objetivo da pesquisa foi desenvolver um método inovador utilizando o aparelho espectrofotômetro para detectar a presença de anticorpos anti-toxoplasmose por meio de exame que, segundo o professor, apresenta resultados promissores e pode substituir os métodos atuais. Atualmente os exames utilizam 30 ml de sangue, diferentemente do método resultante da pesquisa, que promete baixo-custo (ao operar com o espectrofotômetro), e fazendo uso de apenas 5 ml de sangue com a mesma eficiência dos procedimentos já empregados no mercado.

A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado “Toxoplasma Gondii”, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, que pode se hospedar em humanos e outros animais. Sendo ocasionada pela ingestão de água ou alimentos contaminados, a doença é uma das zoonoses (doenças transmitidas por animais) mais comuns em todo o mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada três pessoas no Brasil tem toxoplasmose.
 
A doença se manifesta sem sintomas e afeta, majoritariamente, os recém-nascidos e portadores de doenças imunológicas. No caso de mulheres, a infecção durante a gestação, pode levar ao abortamento ou ainda, ao nascimento de crianças com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. "O novo método de identificação da toxoplasmose, desenvolvido a partir da espectrometria, é realizado principalmente por grávidas para evitar a toxoplasmose congênita. Ele é muito importante principalmente na fase gestacional, pois a doença pode causar danos irreversíveis ao feto”, elucida Carlos.
 
A partir dos resultados encontrados em sua tese de doutoramento, o professor espera que o método possa ser adotado por instituições de saúde pública. “A utilização de um aparelho mais barato e de fácil transporte facilita o rastreio da doença para que o poder público possa criar política públicas de prevenção”, explica o pesquisador. O rastreamento e levantamento da doença é  relevante para a saúde pública, pois mapeia casos e permite que sejam tomadas providências para evitar surtos e epidemias.

Palavras-chave:
ensino
extensao
pesquisa
servidores

Notícias relacionadas