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Nota de esclarecimento sobre ocupação da Reitoria do IFRN

Estudantes iniciaram a ocupação na tarde desta quarta-feira (7). Instituição se coloca à inteira disposição para o diálogo permanente com os participantes

Publicada em 08/12/2016 Atualizada há 12 meses

No final da tarde desta quarta-feira (7), estudantes de alguns campi do IFRN, acompanhados por alguns servidores, iniciaram uma ocupação pacífica do prédio da Reitoria do Instituto, localizado em Natal. Na ausência do reitor Wyllys Farkatt Tabosa, que se encontra em Maceió para participar 70ª reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Conif) e do XI Congresso de Iniciação Científica do Norte Nordeste (Connepi), os estudantes foram recebidos pelo pró-reitor de Ensino da Instituição, Agamenon Tavares.

A ocupação é realizada, principalmente, como manifestação contrária a mudanças propostas pelo governo federal que atingem a área da educação, como reforma do ensino médio e a PEC 55/2016. Os estudantes reivindicavam ainda reuniões com a gestão do IFRN.

A Reitoria do Instituto esclarece inicialmente que, anteriormente à ocupação, não foi realizada nenhuma solicitação formal ou informal de audiência ou encontro com o reitor ou demais gestores do Instituto, nem por parte dos estudantes individualmente nem pelos grêmios estudantis. Em telefonema com a presidente da Rede de Grêmios do IFRN (REGIF), Viviane Forte, o reitor foi informado que a Rede não tinha conhecimento sobre a ocupação.

Independentemente disso, o pró-reitor de Ensino fez questão de reforçar, ainda na quarta-feira, que a Instituição está sempre aberta ao diálogo. Reconhecendo a manifestação dos estudantes, comprometeu-se a manter disponíveis, para os integrantes da ocupação, banheiros com espaço para banho, além da sala dos servidores, que poderia proporcionar um maior conforto aos que dormiriam no prédio. Ficou acertado que hoje (8) o pró-reitor e o reitor em exercício, Marcos Oliveira, conversariam com os estudantes para a definição de uma pauta de reunião com o reitor do Instituto, reunião prevista para esta sexta (9).

“O que nos surpreendeu foi a informação logo cedo de que os estudantes haviam bloqueado a entrada da Reitoria do IFRN. Os servidores, alguns deles com processos administrativos urgentes a encaminhar, não puderam entrar no prédio”, comentou de Maceió, o reitor do Instituto. Foram iniciadas conversas, mas o grupo continuou sem permitir a entrada dos servidores. Em razão disso, o procurador jurídico do Instituto precisou ser chamado para dialogar com os estudantes.

Após contato telefônico com o estudante Mikael Lucas Desidério, aluno do Campus São Gonçalo do Amarante, participante da ocupação, o reitor do IFRN conversou com o procurador jurídico para que não fosse solicitada nenhuma ação de reintegração de posse do prédio. Os estudantes, através de Mikael, garantiram a liberação da entrada da Reitoria, o que foi realizado ao final da manhã. “Quero deixar bem claro que não há nenhum encaminhamento, oficial ou não oficial, para qualquer tipo de ação contra o movimento estudantil”, destacou Wyllys Farkatt. Após essa negociação, o pró-reitor de Ensino voltou a conversar com os estudantes, que lhe passaram a pauta de reivindicações da ocupação, a serem discutidas, conforme já acertado na quarta-feira, 07/12/2016, em reunião nesta sexta (9) na Reitoria, já com a presença do reitor e demais gestores que se encontram em Maceió. A secretaria do gabinete tentou adiantar o retorno deles para a manhã desta quinta, mas o sistema de emissão de passagens não apresentou voos disponíveis.

Em relação ao primeiro ponto da pauta, que solicita o posicionamento da Instituição em relação às propostas de mudanças na educação por parte do governo federal, o reitor destaca situações em que isso foi realizado, como a nota dos dirigentes do IFRN sobre situação política do país, divulgada no dia 12 de abril de 2016 e ratificada pelo Conselho Superior da Instituição em 12 de maio; carta do reitor, em conjunto com o Sinasefe, em repúdio à ação da PM de Brasília durante protesto contra a PEC 55/2016, como também o posicionamento em relação à ausência dos Institutos Federais na primeira divulgação do resultado do ENEM 2015 por escola. 

“Nesta sexta, esperamos ter um momento produtivo de diálogo com os estudantes, razão primeira da existência do IFRN”, comentou ainda de Maceió o reitor da Instituição.